IMAGINES MULTIFANDOM

Consequências | Kelly Severide

Hoje chegou um candidato novo para o caminhão 81, então é claro que os meninos já estavam pensando em como acabar com a vida do cara, eu passei uns minutos ouvindo as ideias loucas do Otis e do Cruz, mas tenho trabalho a fazer, me dirigi até o caminhão para colocar os tanques de oxigênio em seus lugares. Assim que terminei, o candidato apareceu do meu lado com um sorriso suspeito no rosto.

— Oi.

Falei olhando para fora vendo o esquadrão 3 chegar.

— Oi, tudo bem?

— Eu estou ótima, você está bem?

— Claro, mas melhor agora.

Foi nesse momento que entendi o que estava acontecendo, muito provavelmente eu sou o jeito de ferrar a vida do coitado, mas o que eu posso dizer? Eu não sou a pessoa mais boazinha do batalhão e os meninos sabem disso. Eu me encostei na lataria do grande caminhão vermelho.

— Como está sendo o primeiro dia no batalhão?

— Ótimo, você está no batalhão há muito tempo?

— Quatro longos anos.

— (s/n)?

— Sim?

— O que você acha de nós dois sairmos qualquer dia desses?

Ele se aproximou mais de mim e eu ri.

— Você não vai querer isso.

Eu afastei ele gentilmente, ele estava pronto para falar alguma coisa quando o alarme tocou e foi anunciado um acidente de trânsito, todos correram para vestir as roupas e entrar no caminhão. Nós chegamos no local e nos separamos para cuidar das coisas, eu e o Severide fomos tirar uma família de um carro.

— Sua conversa com o candidato mais cedo estava boa, não é?

O Severide perguntou me olhando com uma raivinha guardada no coração, eu segurei a risada e concordei.

— Estava, algum problema?

— Nenhum, só estava perguntando.

Ele falou e ficou calado o resto do chamado. Nós voltamos e de novo o candidato veio me encher o saco.

— Não vou querer por quê?

Ele perguntou um pouco muito perto do meu ouvido, devo admirar a coragem desse homem, porque noção não tem. Não é como se eu e o Kelly colocássemos em um outdoor que estamos namorando, mas o bonitinho nem se preocupou em perguntar se eu estou namorando, ele realmente acreditou nos caras do batalhão pra isso.

— Porque você, bonitinho, não me conhece e eu não me responsabilizo pelo que pode acontecer.

— Mas se você sair comigo eu vou te conhecer.

— Não tenha tanta certeza.

— Por quê?

Esse menino tem algum problema com espaço pessoal, ele gosta realmente de ficar muito perto. Eu olhei para o lado e vi o Kelly vindo em nossa direção puto da vida.

— Por isso.

— Algum problema?

Ele perguntou afastando o candidato de mim.

— Nenhum, nós só estávamos conversando.

O candidato respondeu calmo de mais para quem tem a raiva do Severide focada exclusivamente nele.

— Se quer só conversar, você faz isso de longe.

Ele afastou o candidato mais ainda e continuou.

— Não quero você perto dela, ouviu?

— Por que tenente?

Esse homem não tem medo da morte mesmo. O Kelly respirou fundo e olhou para mim.

— Sério?

— Eu não fiz nada.

Eu falei com as mãos para o alto em sinal de rendição, ele olhou de volta para o candidato e falou com toda a raiva que ele tinha tentado reprimir.

— Porque a (s/n) é a minha namorada e se eu ver você perto dela de novo eu vou acabar com você.

O coitado quase desmaiou quando ouviu que eu sou namorada do Severide, eu nunca quis rir tanto da cara de alguém.

— Eu não sabia, desculpa tenente, isso não vai se repetir.

— É melhor mesmo.

Ele falou e o menino saiu quase correndo passando pelos caras que começaram isso tudo que estavam rindo como se não houvesse amanhã.

— E vocês da próxima vez deixem a (s/n) fora disso.

Eles pararam de rir, concordaram e entraram também.

— Foi engraçado, desculpa.

Eu disse rindo apontando para onde o menino tinha ido.

— Eu não achei engraçado, você não ia falar com ele que nós namoramos?

— Eu ia, agora, na verdade, mas ver ele quase desmaiando quando você disse foi a melhor coisa do mundo.

— Seu senso de humor é muito questionável, sabia?

— Sabia, mas é por isso que você me ama.

Eu disse e o beijei porque só assim para ele se acalmar depois disso tudo.