Policial mau | Sargento Hank Voight

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Eu e a Sil temos um momento do turno que ficamos apenas fofocando, pelo menos quando o turno deixa. Hoje é o dia em que o turno permitiu. Nós sentamos na ambulância de portas fechadas, eu me deitei na maca e a Sil se sentou do meu lado. Nós temos o tópico homens bem frequente nessas conversas, já que só falamos e não realmente pegamos alguém.

— Me diz aí Sil, distrito 21.

— Antonio, ele é muito fofo! Só não conta pra Gabby. E você?

— Voight.

— O Voight? Sério? Sempre achei que você tinha jeitinho de Jay.

— O Jay é um gato, não vou mentir que a genética favoreceu os irmãos Halstead. Mas o Voight é um gato, amiga, ele tem cara de quem não presta, você já viu eu gostar de alguém com cara de quem presta?

— Isso é verdade.

— Tenho uma vontade...

Eu não consegui terminar a frase já que as portas da ambulância se abriram. Me sentei na maca com o susto e me deparei com o sorrisinho do Severide.

— De que a senhora tem vontade?

— De tomar um sorvete, está calor.

Disse abanando eu mesma com minha mão.

— Claro. O que vocês tanto fazem aqui dentro?

— A gente fofoca meu amigo.

A Sil disse e eu ri continuei.

— Não é de você, a gente tem todo respeito pela Stella.

— Se não fosse a Stella, eu estaria na fofoca?

— Com certeza, você é gato meu amigo.

Nós rimos e logo depois ouvimos o chamado do esquadrão 3 e da ambulância 61. Nós corremos e fomos para o local, assim que viramos a esquina vi uns carros de polícia.

— Parece que eu não posso abrir a boca, não é?

— Parece que alguém vai ver o amorzinho!

Só foi ela terminar de falar e eu vi o Voight sentado no chão não exatamente bem.

— Ou atender ele.

Eu pulei da ambulância e fui até o Voight.

— Voight, o que aconteceu?

— Não foi nada de mais, o Halstead é exagerado, foi só um tiro de raspão na perna.

— Vem vamos pra ambulância.

Eu disse o ajudando a andar até lá, ele se sentou e então eu comecei a examinar para ter certeza que era realmente só um tiro de raspão.

— Você é do 81, por que está na ambulância?

— A Gabby pediu um dia para resolver um assunto misterioso com o Antonio e sumiu do mapa, o Casey me colocou no lugar dela. O que aconteceu aqui?

— Parte do assunto misterioso da Gabby.

— Por que tudo nessa cidade parece interligado?

— A maioria está. Principalmente com os irmãos Halstead.

Ele disse e soltou uma risadinha com um grunhido de dor devido ao álcool que passei no ferimento.

— Desculpa.

— Está tudo bem, já aconteceu coisa pior, acredite.

— Pode ter certeza que eu acredito. Se eu nos bombeiros já passei por muita coisa.

— Você faz parte do trio problema do Boden, pode ter certeza que eu sei disso.

— Trio problema?

— Você, Casey e Severide, sempre quebrando regras.

— Sinto que deveria me desculpar por isso, mas eu não sinto culpa pra isso.

— Gosto de você.

Eu enfaixei a perna dele e me afastei.

— Obrigada. A perna vai ficar bem.

— Eu disse que estava bem. Pronto pra outra.

— Vocês da polícia são muito durões.

— Fala isso porque não conhece o Ruzek.

— Deveria?

— Se gostar de caras nada durões, claro.

— Não acho que esse seja o caso.

Eu ri juntando a bagunça que estava jogada pelo chão da ambulância.

— Então você gosta dos durões?

— São os melhores. Está liberado.

— (s/n)!

Ouvi o grito do Severide vindo de longe, então eu dei um último sorriso para o Voight, peguei as coisas e saí correndo em direção ao Severide. O chamado terminou e então nós voltamos para o quartel e logo a Sil veio me encher o saco falando do Voight. O turno estava quase acabando quando o Casey veio me chamar.

— (s/n), visita pra você.

— É importante?

Perguntei me afundando no sofá do lado do Mouch.

— Não, mas acho que você vai gostar.

Ele riu e saiu o que me deixou extremamente curiosa. Eu olhei para o Mouch que deu de ombros, me levantei e corri para a garagem, onde logo vi o Voight parado com as mãos nos bolsos.

— Sargento Voight?

Eu perguntei e ele deu um sorrisinho de lado.

— (s/n).

— Está tudo bem?

Perguntei apontando para a perna dele.

— Claro, está sim. Alguns remédios para dor, mas está tudo certo. Na verdade, eu vim agora porque eu queria saber se você não quer ir tomar alguma coisa comigo depois do turno.

— Isso é um convite de verdade ou só queria saber se é durão o suficiente pra isso?

Ele sorriu e concordou com a cabeça.

— Ok, você me pegou, eu realmente queria saber, mas é um convite de verdade. Eu não te falei antes, mas o meu tipo é garota problema e você é só o tipo perfeito.

— Eu aceito sair com você, sargento.

Ele sorriu e se virou para ir embora, mas logo se virou de volta.

— Mais uma coisa.

Ele em um movimento mais rápido que pude raciocinar me puxou para perto dele e me beijou. Consigo sentir os olhos dos meninos em mim e se bobear o Mouch e o Hermann já tinham apostado alguma coisa. O Voight se afastou e continuou.

— Venho te buscar depois do turno.

Concordei com a cabeça e sorri, ele saiu e então eu ouvi a voz do Otis.

— Então, quando ia contar pra gente?

— Meu amigo, nem eu sabia há um minuto.

Eu me virei para eles que estavam me olhando desconfiados.

— Eu estou falando sério, pode perguntar pra Silvye.

— Então o Voight, só veio aqui te beijou e é isso?

O Cruz perguntou e eu ri.

— É exatamente isso, agora por gentileza, eu tenho que me arrumar para o meu encontro.

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