Estava terminando uma papelada enquanto observava a emergência funcionar e não demorou para o Kenny aparecer do meu lado.
— Então, pretende terminar de preencher os papéis ou vai continuar babando no Ragosa?
— Eu não estou babando em ninguém, Kenny.
Me virei de costas para onde o Ragosa estava e continuei a preencher os papéis.
— Ei, o que foi? A (s/n) está babando pelo Ragosa de novo?
O Drew perguntou colocando o estetoscópio ao redor do seu pescoço e caminhando em nossa direção.
— Exatamente.
O Kenny concordou e eu revirei os olhos.
— Eu não estou babando em ninguém, pelo amor de Deus, me deixem em paz.
— Minta o quanto quiser, minha amiga. A gente vê o jeito que você olha para o Ragosa, toda derretida, sempre chamando ele para te ajudar mesmo quando não precisa.
O Kenny falou fazendo cosquinhas em mim, me fazendo rir igual idiota, eu me desfiz dele antes de responder.
— Ele é um assistente, então eu chamo ele para me ajudar e ajudar ele. Vocês são muito idiotas.
— Eu concordo com isso, seja lá o porquê.
O Ragosa falou colocando um papel ao lado do computador a nossa frente, eu tive um pequeno ataque de pânico pensando se ele ouviu o que falei ou não. Não quero que os meninos fiquem me enchendo o saco sobre, mas não quero que ele ouça e eu perca todas minhas chances, se é que eu tenho uma. Eu e o Michael somos amigos, desde que ele era o gerente chato e sempre tive um crush imenso nele, mas tive que lidar com ele sendo caidinho pela Landry e ele saindo com um monte de mulheres que ele conheceu em um site de namoro. Nunca tive uma chance de olhar para ele e falar o quanto eu gosto dele, ao invés disso eu dou conselhos sobre o que ele deveria fazer sobre sua crush do momento.
— Vocês têm muito em comum, deviam conversar sobre isso.
O Drew falou colocando a mão no meu ombro e eu neguei com a cabeça, o Ragosa fez uma cara confusa e olhou para nós três.
— Temos?
— Nós achamos que tem.
O Kenny falou apontando para ele e para o Drew.
— Eu odeio vocês.
Falei baixinho, mais para mim do que para eles, mas o Drew ouviu.
— Não odeia nada. Nós somos sinceros e achamos que vocês deveriam sair qualquer dia desses, sabe? Para ver se nós temos razão ou não.
O Kenny e o Drew saíram e me deixaram lá com cara de idiota na frente do Ragosa que estava mais confuso que tudo.
— É impressão minha ou eles queriam marcar um encontro pra a gente?
Ele perguntou apontando para os dois, eu concordei com um balançar de cabeça e terminei de preencher o papel.
— Foi exatamente isso que eles queriam fazer, desculpa.
Ele sorriu e fez a mesma expressão de confusão de novo.
— Por que está pedindo desculpas? Isso é coisa deles, não sua.
— Eu sei, é só que...
— Você não quer um encontro comigo, eu sei, não precisa se desculpar por isso.
Ele me cortou antes que pudesse responder.
— Não é nada disso, deixa de ser ridículo, eu ia amar ir em um encontro com você.
Falei sem nem mesmo perceber, quando deu por mim já tinha falado o que não devia.
— Então saí comigo.
— O quê?
— Depois do turno a gente pode ir tomar café da manhã juntos, sabe, tipo um encontro.
— Você quer ir em um encontro comigo? O quê?
— Quero, por que não iria querer? Você é meio que incrível.
Fiquei olhando para ele por alguns segundos antes de concordar.
— Claro, só não achei que eu fosse o seu tipo.
Ele riu e concordou.
— Para ser sincero, sempre foi, desde que eu era o gerente, eu só nunca tive coragem de te falar e eu era um babaca antigamente, não achava que você merecia alguém como eu.
— Você é inacreditavelmente ridículo, Ragosa.
— Vou te recompensar por isso.
— É melhor mesmo!
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ספרות חובביםA arte é um resumo da natureza feito pela imaginação... Considere que essa é uma obra fictícia e muitas vezes os detalhes e a linha do tempo podem estar completamente modificados para fazer sentido com a história que quero contar. Tendo isso em ment...