Me faça chorar | Kelly Severide

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Hoje é o meu primeiro dia no 51, vim de outra cidade devido ao Wallace, ele é ótimo, amigo da minha mãe, ele que me inspirou a ser uma bombeira e foi ele que me trouxe para Chicago, não sei bem o porquê ele me arrastou para cá, mas eu amei a ideia. O Wallace chegou na minha casa porque ele fez questão de me levar no primeiro dia de acordo com ele "Os bombeiros não são nada confiáveis" não que eu seja a mais confiável de todas, mas se ele prefere assim não vou reclamar.

— Bom dia, senhorita (s/n).

— Bom dia, chefe.

— Nem começa.

— É a verdade, você é o meu chefe agora.

— Não quando eu estou te dando uma carona, quando a gente chegar no batalhão aí você me chama de chefe.

— Sim, senhor.

Chegamos e fomos direto para sala onde os bombeiros ficam no tempo livre, não que tenha muitos. Quando entramos, todos olharam para mim e para o chefe, um tanto quanto confusos.

— Equipe, essa é a (s/n), ela foi transferida de Nova Iorque, espero que sejam bem receptivos. Em especial porque eu sou amigo da mãe dela e eu não quero ninguém de olho nela, ouviu Severide?

— Alto e claro, senhor.

— Ótimo.

O Wallace saiu da sala e eu ri.

— Eu não sou uma bonequinha de porcelana, eu sou a novata, não levem o Boden tão a sério dessa vez.

— Seja bem-vinda, eu gostei dessa menina.

Um dos caras disse e uma mulher tomou a frente.

— Eu sou Gabriela, Gabi, Dawson, esses são Otis, Matt Casey, Joe Cruz, Mouch, Leslie Shay, Christopher Herman, Peter Mills e Kelly Severide, seja bem-vinda ao 51.

Ela esticou a mão e eu logo a apertei.

— Obrigada.

Eu agradeci com um sorriso animado no rosto. Severide se levantou da sua cadeira e veio até mim.

— Vou te mostrar o batalhão.

— Eu tenho certeza que ela já o conhece Kelly.

— É só para ter certeza, Leslie.

— Toma cuidado com ele.

A Dawson falou e foi se sentar novamente, Severide apontou para porta me guiando para fora da sala.

— Eu normalmente sigo as regras do Boden, sabe?

— Claro, você só não segue quando você se interessa por uma colega de trabalho?

— Outch, não precisa ser assim.

— Eu conheço caras iguais a você, Kelly, fiz vários deles chorarem.

— Mulher, você não é uma bonequinha de porcelana mesmo, não é?

— Não, espero que tenha um estoque de lencinhos.

Eu falei e convenientemente o sinal tocou para um novo chamado, eu dei uma piscadinha porque não podia perder a oportunidade e saímos correndo para a viatura. Não era nada de mais, só um incêndio que o próprio dono da casa apagaria se tivesse um extintor de incêndio, mas ninguém nessa cidade tem. Nós voltamos para o batalhão e o Peter foi fazer o almoço e eu me sentei com o Mouch e o Otis para ver o jogo de hóquei que estava passando, eu odeio hóquei, mas eles estavam tão animados que eu também quis ver. Foi um dia tranquilo, o resto do dia não teve mais nenhum chamado, dias assim quase não acontecem. Eu arrumei minhas coisas, tomei um banho e me troquei, já estava na porta do batalhão quando um carro muito bonito parou na minha frente.

— Sabe, eu estava pensando no que você falou e tá pronta pra me fazer chorar ou precisa de mais tempo?

O Severide disse balançando uma caixinha de lenços na mão.

— Kelly, você é inacreditável.

— É uma pergunta séria.

— Eu estou sempre pronta.

Ele abriu a porta meio sem jeito pelo lado de dentro.

— Então entra aí.

Eu entrei e joguei minhas coisas no banco de trás.

— Eu quero ver o que você vai dizer para o Boden quando eu ter que falar com ele que você me levou pra casa.

— Eu sou ótimo com desculpas, essa parte a gente se preocupa depois.

Ele me puxou para perto e me beijou.

— Você se preocupa, eu não vou mexer um dedinho sobre isso.

— Mas vai sobre outras coisas.

— É melhor você dirigir.

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