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Caos | Lúcifer | SPN

Uma vez alguém me disse que o caos é quando um anjo se apaixona por um demônio, mas aí eu pensei comigo mesma e cheguei a conclusão que amor nunca gera o caos, o caos é gerado por pessoas que não aceitam novas formas de amar.

Eu sou uma simples caçadora, mais conhecida por ser irmã dos caçadores mais famosos dos Estados Unidos, Dean e Sam Winchester. Um tempo atrás quando o Sammy começou o apocalipse, a gente ainda não se conhecia, mas eu conheci o mais odiado, desde sempre, Lúcifer, ele disse que sabia que eu era especial, então recusou a me matar, na verdade, ele me protegeu, me manteve longe dos cavaleiros do apocalipse e todas as outras ameaças, ele que me falou que o sangue Winchester corre em minhas veias.

Ele queria me usar como objeto de troca ou coisa do tipo, mas ele desistiu, ele perdeu a guerra contra meus irmãos, ele voltou para a gaiola onde ele ficou preso por mais de 2 anos, porém uma bruxa muito poderosa resolveu soltá-lo, eu descobri há poucos minutos que Lúcifer está solto, ele me avisou, não da melhor forma possível, foi em um sonho. Ele me pediu para ir encontrá-lo e sem contar nada para os meus irmãos obviamente. Esse convite é apenas o mais inusitado da minha vida ou morte, eu não deveria ir, obviamente, ele é Lúcifer, mas porque não?

Peguei meu casaco, meu telefone e sai do meu quarto, pronta para sair do Bunker e ir encontrar Lúcifer, mas fui barrada pelo Dean e pelo Sammy que estavam na biblioteca procurando por novos casos como sempre.

— Onde você vai?

— Dar uma volta, respirar um pouco fora desse bunker.

— Estamos indo para Iwoa, acho que temos um caso lá, não quer vir?

— Alcanço vocês depois, Sammy.

Abracei os dois e deixei um beijo na bochecha de cada um.

— Estejam inteiros até eu chegar lá.

— Sempre tentamos.

Dean falou rindo e eu saí, fui até o lugar que Lúcifer "marcou" comigo, basicamente era um parque no fim do mundo, esquina com lugar nenhum, perto de onde judas perdeu as botas. Apesar de estar indo me encontrar com o próprio satanás, eu não estou com medo, mas quem se importa não é? Me sentei em um dos bancos espalhados pelo parque e logo Lúcifer apareceu ao meu lado.

— Por que me chamou?

— Queria te ver, mas os três patetas não podem saber que eu estou fora da gaiola.

— Você queria me ver? Desde quando você sente falta de alguém?

— Eu não sinto, não senti sua falta, quem disse isso?

Por ser Lúcifer, eu acho que ele falou um pouco nervoso.

— Não? Então, por que queria me ver?

— Porque, sim, eu sou Lúcifer, faço o que eu quiser.

— Justo.

— Você não está com medo?

— Porque estaria?

— Porque eu sou Lúcifer?

Ele falou como se fosse obvio e é realmente bem obvio.

— Não, se fosse para você me matar, você já teria feito há dois anos quando teve oportunidade.

Do nada ele nos teletransportou para o "palácio", ou seja lá como ele chama, dele. Ele se sentou em seu trono e voltou a falar comigo.

— Eu não sei se deveria falar algo assim, mas eu gosto de você.

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Isso pode ser estranho de se falar, mas eu e Lúcifer viramos amigos, acho que talvez até um pouco mais que isso, eu basicamente me apaixonei por um dos seres mais maléficos do universo, vulgo Lúcifer, o impressionante é que mesmo após ser livre ele simplesmente não está tentando iniciar o apocalipse de novo como era o de se esperar, ele só está vivendo, não sei se posso dizer que meu amor possa ter contribuído para isso, mas prefiro acreditar que sim.
Eu estou deitada na minha cama, ouvindo música e conversando com ele, não vou negar Dean e Sam notaram que algo não está muito certo, só não sabem dizer o que. Deixei de viajar tanto atrás de casos, até porque a maioria era demônios e eu tenho contato direto com o chefe deles, estou passando a maioria do meu tempo trancada no quarto, até porque ficar falando sozinha pelo bunker seria no mínimo estranho. Estava rindo de uma história engraçada que o anjo caído tinha acabado de contar quando do nada o Dean abriu a porta do meu quarto sem bater ou avisar.