Un poco de tu amor | Alfonso Herrera

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Eu e o Alfonso estamos fazendo uma série original Netflix juntos há quase um ano agora e talvez, só um talvez eu goste de irritar ele. Ele se irrita muito fácil, eu só ajudo um pouquinho, além de muito engraçado, ele fica muito gato, nervoso. Hoje temos uma entrevista, dessa vez só nós dois porque somos o casal principal e blá blá blá, é uma daquelas entrevistas que tem um pocket show no meio, enfim vamos ter que cantar e eu já planejei minha vingança. Vingança? Sim, vingança porque ele resolveu que na nossa última entrevista tava de boa falar sobre o meu ex namorado, ele acha que essa guerra vai acabar assim? Meu anjo, essa guerra não acaba até eu ganhar.
Eu fui me arrumar, o que não demorou muito, o que demorou foi os 70 quilos de reboco que resolveram passar em mim mesmo eu dizendo que não precisava. Nós entramos no palco e todos começaram a gritar extremamente animados, sentamos nos bancos altos que estavam no mini palco, pegamos os microfones e o apresentador começou a falar, como era de se esperar.

— Estamos aqui hoje com essas duas estrelas, Alfonso Herrera e (s/n), como vocês estão?

— Estamos bem.

— Como está sendo a experiência de fazer uma série tão amada pelo público? Eu sei que não deve ser fácil a cobrança e tudo mais.

— Olha, para mim (s/n), a parte mais difícil mesmo é ter que aguentar o Poncho me enchendo o saco vinte e quatro horas por dia, tirando isso é bem de boa.

— Como se eu fosse o problema dessa relação.

— É, sim, com toda certeza.

— A parte mais fácil é quando eu tenho cenas sem ela.

Eu ri e virei o rosto.

— Próxima pergunta.

— A relação de vocês é sempre assim?

A moça riu fazendo a gente rir junto.

— Sim, mas, no fundo, a gente se ama.

O Poncho falou e eu sorri.

— Bem no fundinho quase achando petróleo.

Ela fez mais algumas perguntas sobre a gente e sobre a série, logo a hora da minha "vingança" chegou, a moça anunciou que eu iria cantar, o Poncho ficou me olhando com cara de nada, muito confuso, eu olhei para cara dele e ri.

— Então, queria cantar uma música que eu realmente amo, não posso negar e como eu sou uma negação com instrumentos, vou precisar da ajudar do nosso querido DJ.

O DJ colocou o instrumental de A Rabiar, quando o Poncho entendeu o que estava acontecendo ele me olhou claramente nervoso, eu sorri e comecei a cantar com o meu espanhol de pessoa formada em Rebelde, depois de um tempinho ele aceitou e até começou a cantar comigo, foi mais legal que pensei. Quando terminamos todo mundo pediu mais, eu olhei para o Poncho que concordou com a ideia, eu olhei para o produtor que também concordou.

— Tá bom, mas assim, vocês vão ter que me ajudar aqui porque o DJ não tem essa.

Eu ri e todo mundo concordou, me ajeitei no banco e olhei para o Poncho, o que eu posso dizer? Acho que vou cantar para ele. Respirei fundo e comecei a cantar Besame Sin Miedo, olhando para o Poncho mesmo, zero vergonha na cara mesmo, só se vive uma vez. Eu não sei se ele percebeu ou não, mas ele também cantou comigo. O produtor que estava no cantinho aproveitou que estava dando certo pediu para cantarmos outra.

— Pode escolher dessa vez Poncho, eu permito.

— Que gentil da sua parte, mas assim, você conhece todas as músicas do RBD?

— Sim, senhor.

— Eu vou confiar em você.

Ele disse e puxou A Tu Lado, eu juro que quase chorei quando ele começou, ele estava cantando olhando para mim igual eu fiz com ele, eu me senti a própria Anahí. Quando terminamos eu levantei para abraçar o Poncho, porque esse momento vai ficar marcado na minha vida para sempre, ele fez o mesmo e levantou para retribuir meu abraço.

— Te amo.

Ele sussurrou bem baixinho no meu ouvido e eu imediatamente respondi.

— Eu te amo muito mais.

Ele se afastou um pouco de mim e me olhou com uma expressão indignada no rosto, eu fiz uma cara debochada e ele me beijou na frente daquele povo todo, eu nunca ouvi tantos gritos histéricos na minha vida, mas não vou julgar, por dentro eu estava igual.

— Louco.

Eu falei baixinho quando ele me soltou, ele sorriu e soltou um "por você" sem som. A gente saiu do palco e foi terminar nosso assusto no camarim, nós precisamos descobrir o que está acontecendo aqui, antes de qualquer coisa.

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