Queda alta | Kelly Severide

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— Pode me dizer que eu sou uma idiota.

A Sylvie falou escondendo o rosto nas mãos.

— Você é completamente idiota, mas eu te amo do mesmo jeito. Esse cara é um babaca completo.

Eu falei saindo da ambulância e dei de cara com o Kelly.

— Falando de mim?

Ele perguntou brincando e eu ri.

— Não dessa vez, são muito os caras babacas da Cidade.

— Algum em especial que esteja concorrendo comigo pra ganhar você?

— Primeiro, eu não sou um prêmio pra você ganhar, segundo, o babaca dessa vez é com a Sylvie e terceiro, se você quer concorrer pelo menos me compra uns chocolates.

Eu ri e saí de perto, fui assistir televisão com o Mouch até ouvir o chamado da ambulância. Sylvie e eu fomos até o tal prédio, a ocorrência é um cara com uma perna quebrada, nós chegamos e ele estava no chão coberto de sangue.

— Por que ninguém mencionou o detalhe de que é uma fratura exposta na ligação?

Falei nervosa enquanto abaixava para ajudá-lo, normalmente eu estou com os caras do caminhão 81, mas a Gabi está de férias e eu estou cobrindo ela, a quantidade de vezes que as pessoas não dão informações muito necessárias no telefone é de assustar. Nós estabilizamos o paciente e levamos ele para o elevador, mas é claro que tudo tinha que dar errado. O elevador parou, usei o interfone de emergência para avisar a portaria.

— Ei, estamos presas aqui com um paciente, no décimo andar.

Eu falei e a recepcionista respondeu um pouco mais nervosa do que eu gostaria.

— Em qual elevador vocês estão?

— No da esquerda por quê?

— Esse elevador deveria estar fechado, ele está instável, não se mexam, vou chamar os bombeiros.

Eu coloquei o interfone no gancho e fiquei imóvel.

— Sil, se mexe o mínimo possível, esse elevador não está seguro.

— O quê? Esse elevador pode cair?

— Pode, eles já chamaram os bombeiros, o esquadrão deve chegar logo.

— Se a gente não morrer, eu juro que vou encher a cara no Molly's e não vou tentar me casar com nenhum canadense.

— Se eu saí daqui eu juro que dou uma chance para o Severide, não, não juro, isso é muito.

— Você e o Severide são idiotas.

Eu olhei para o paciente que estava prestando atenção na nossa conversa e ri.

— Desculpa por isso, senhor.

— Não, podem continuar, meu dia hoje está sendo horrível, vocês duas são engraçadas.

— Porque o senhor não sabe como é viver com ela e o Severide no mesmo quartel, o Severide flerta, ela sai correndo, mas fica me enchendo o saco falando dele.

— É porque ele é gato, não é o tipo pra casar e eu quero alguém pra assistir esqueceram de mim todo Natal juntinhos enquanto tomamos chocolate quente, entende?

— Era assim que a minha esposa me descrevia para as amigas dela, o cara que não é pra casar, nós estamos casados a quarentena anos.

— Está vendo, dá uma chance pra ele, ultimamente ele não está quebrando o coração de ninguém, o coração dele que está sendo quebrado repetidamente.

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