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Uma vida de pirata para mim | Jack Sparrow

Ser mulher e ser capitã de um navio é mais difícil do que parir. Sou a capitã mais temida de todos os sete mares, mas mesmo assim alguns marinheiros babacas dizem ser má sorte navegar com uma mulher, mas eu não ligo. Resolvemos vir a Tortuga para, bom, fazer coisas de piratas, eu não gosto de Tortuga apesar de ser o lugar dos piratas. Não gosto de lugares com muita gente.
Resolvi ficar no barco enquanto os meninos iam gastar todas suas moedas e depois iam roubar novas. Já era bem tarde quando ouvi passos pelo barco e claramente não era minha tripulação, eles só voltariam pela manhã e se voltassem. Saí da minha cabine e logo dei de cara com um homem e pude reconhecê-lo como Jack Sparrow, o Capitão.

— Sparrow?

Perguntei e ele me olhou confuso.

— Seria capitão, capitão Jack Sparrow, nos conhecemos?

— Não, e eu gostava disso.

— Tudo bem? Hm, o capitão está? Planejo roubar o barco.

Sério? Como um rostinho tão lindo pode falar tanta besteira em tão pouco tempo.

— Jack, eu sou a capitã.

Ele me olhou surpreso e consertou a postura dando dois passos para trás.

— Oh! Sendo assim, pretendo roubar seu barco.

Ele sacou sua espada e eu a minha, ficamos um bom tempo lutando até eu conseguir prendê-lo em um dos mastros com uma corda.

— Ninguém encosta do meu barco, Jack.

Eu disse bem perto do seu rosto, podendo sentir o cheiro de rum que exala dele.

— É capitão.

Ele disse chegando mais perto do meu rosto e eu ri.

— Um capitão sem um barco?

Perguntei e ele me respondeu com um sorrisinho no rosto.

— Por isso que vou roubar ser barco, amor.

Ele encostou seus lábios nos meus, fazendo eu ir para trás rapidamente. Quando me disseram que o Sparrow era um lunático, não imaginava isso.

— Capitã.

Eu disse ainda brava e ele se fez de surpreso.

— Me desculpe, capitã amor.

— Vou dormir.

Eu disse e limpei minha boca com a manga da minha blusa, e caminhei até minha cabine esperando nenhum problema abordo. No outro dia acordei e a tripulação ainda não havia chegado como sempre, eu andei até o Sparrow e joguei um copo d'água em seu rosto fazendo o acordar.

— Bom dia, dorminhoco.

Disse enquanto fazia meu caminho até uma sala próxima onde tinha uma mini cozinha.

— Bom dia, amor, sonhou comigo?

— Sonhei, você estava andando na prancha, foi um ótimo sonho.

— Você não faria isso comigo, faria, amor?

— Para de me chamar assim, você nem me conhece, Sparrow!

— Oh, eu conheço sim. Você é (s/n), a grande capitã, a melhor e mais temida dos sete mares, já foi casada com um príncipe muito rico e importante. Você não aguentou ser casada, mas aguenta a vida no mar? Você é estranha. E ontem, sim, eu sabia quem era você, milady.

Voltei a sua frente e o perguntei.

— Como você sabe tudo isso? Como você sabe que fui casada?

— Eu sou o capitão Jack Sparrow, querida.