77. À Flor da Pele. 🔥🍃

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—Pronto! Seu fogo está aceso.

Sheilla viu o olhar de Mari no dela, após Marianne, mais uma vez, ter ensinado em vão, Vítor a acender a churrasqueira.

—Hoje o clima está abafado, se não fizesse uma caverninha assim ó, no centro, seria bem difícil acender.
Sujar, me sujei um pouco mas...—Mari sorriu para os próximos.—O importante é que está acesa.

—Eu ajud'ocê, Mari. —Sheilla tinha a embalagem de detergente na mão.

Mari sorriu e ameaçou tocar com o dedo, o rosto de Sheilla.

Angelo, Breno e Vitor começavam conferir os cortes da carne na pedra auxiliar da pequena churrasqueira.

—Não, Mari! —Sheilla gritou.

—Sinto muito, Sheillinha, mas sim! —Mari sorriu.

Sheilla saiu correndo desesperada perseguida por Mari com as mãos de puro carvão.

Passaram feito um foguete quase derrubando os três homens.

—Tem facas aqui, suas filhas da puta!

Angelo advertiu.

Marianne encurralou Sheilla no canto ao fundo na lavanderia. Entre rodos, baldes, pás e vassouras, as duas se abaixaram numa batalha de força.

Mari estava determinada a pintar o rosto de Sheilla.

—Ceda! você não aguenta, comigo... sou mais forte. —Mari sorria.

—Tamanho não é força, Marianne...

Aquela cena era extremamente comum em todos os churrascos em que Mari e Sheilla estivessem. Tão comum que nem a atenção dos rapazes despertaram. Obviamente com uma exceção.

Por que se segurou no quarto daquele jeito?
Sheilla cochichou, segurando forte os punhos das mãos sujas da loira. —Não Mari, não toque em mim! —O tom de voz já era o normal.

Sheilla ria. —Não vou soltar você.

—Vamos ver se você aguenta a resistência. Marianne sorria. Sheilla se cansaria logo, era o costume.—Por que aqui não é lugar, nem ocasião, She. —A loira cochichou.

Nunca teve isso de lugar ...Ô Mari, se você não parar eu juro que pintarei seu rosto todim.

E nunca teve seu marido...

Mari? Mas eu achei que...

—Parece que tem uma força acabando aqui, meu povo!

Achou o que? Que eu entraria numa disputa de ego e fetiche para transar mesmo ele estando na sala? No estilo comer a mulher dele, com ele ali do lado...
Infelizmente eu te amo e por isso não consigo agir assim, Sheilla.

—Faz isso sem amor então?

Ja perdi até as contas...

Arrasada, Sheilla soltou os punhos de Mari. —Não! Não pensei isso, Mar. A presença dele me é indiferente. Me desculpe se pareceu, amor.

Sheilla só olhou dentro do céu azul dos olhos de Mari. Mari não tinha raiva ou irritação em seu semblante. Pareceu mais uma demonstração de fragilidade.

Um sorriso leve tomou seus lábios enquanto os polegares produziam a arte rupestre no rosto moreno. —Você é a minha vida, She. —Marianne disse baixinho tocando os polegares com amor a pele do rosto de Sheilla.

Mari, eu te amo mais que tudo.

Mari roubou um beijinho na boca da morena, deixando um susto, um rubor e uma Sheilla apaixonada.

Between Us - SHARIWhere stories live. Discover now