44. Passado, Presente e Futuro 🥀🌹🍂

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—Verifique primeiro aquela inconstância do setor 5A leste, por favor Igor.

—Sim, senhora.

Para a morena não era nenhuma novidade assistir Marianne Steinbrecher, tanto ali nas câmeras nas poucas vezes em que veio, quanto acompanhá-la de longe todo esses anos. Assim como pouco importava também a pessoa com quem a loira estivesse.

Obviamente, o olhar de Mari para aquela jogadora morena era o diferencial de tudo já visto antes, mesmo com os problemas delas. Elas se amavam, isso era óbvio. Lembrou daqueles olhos azuis em si antigamente.

Puxou sua memória recente, a qual, a corrosão do tempo ainda não tinha sido implacável desbotando lhes as cores do que um dia foi vivo.

Lembrou das batidas em sua porta um pouco mais cedo. A maçaneta girou. O cheiro dela. Ela. Quantos centímetros a menos tinha antes de tudo? As bochechas rosadas, agora ausentes, eram a maior diferença. A culpa e a saudade de sempre, entraram junto com ela na sala.

—Ela chegou. Com licença. —Mal recordou qual dos seus colaboradores a tinha trago naquela noite.

—Como você está? Além de rica, bonita e poderosa? Que saudade! —Marianne disse abrindo os braços indo ao seu encontro.

Haviam conversado por ligação, quando a loira agendou a noite na boate, queria algo público e protegido. Mas estar com ela pessoalmente era sempre como entrar numa cápsula do tempo.

—Mari. Que saudade! Como vai?

—Estou bem. Bem num olho de furacão, mas morta de feliz!—O sorriso torto dela, jeito moleque não mudava nunca. —E você hein? Deixou o Bê, ir me buscar! Obrigada pela surpresa! o piá tá dirigindo bem demais!

—Oh eu estou bem! então, ele não bebe, não fuma. O vício é carro. Até me faz lembrar de alguém.

A morena sorriu de leve. A loira também.

—Já é um homem! Uma pena que não tive muito contato, Nem você e nem o tempo deixaram aff! Mas adoro-o. Cê sabe!

—Foi melhor assim Mari. Sabemos.

—Bom, eu vou indo, passei para te ver...Meu Deus!!! E isso no dedo? —Mari deu um grito entusiasmada.

—Era hora né Marianne!? Não posso enrolá-la mais. —A morena mais velha girou o anel. —Não suma.

—Estou cansada, eu em breve vou sossegar e até empreender! Não sumirei. Espero que reflita sobre manter contato, pelo menos com o Bê. Sabe que ele amaria os carros que eu brinco de aprimorar .

—Eu não mudei de ideia. Não é seguro para mim quando você está por perto. Empreender? Olha só! Caso precise de algo, conte comigo Mari. Monitoro tudo que você puder imaginar.

—Tudo bem! Do jeito que você preferir, sempre! Sabe que adoro vocês dois!

A sala foi mergulhada em silêncio. Um silêncio sem dor. Aquelas feridas não doíam mais. Ao menos numa delas.

Elas se olharam silenciosamente. Era um olhar de respeito, carinho e consideração. Consideração por tudo.

—Obrigada mais uma vez pela cortesia insistente em me receber aqui e teimar em não cobrar nada, nunca!

—Venha sempre que quiser!

—Cê tá bem mesmo? Tá feliz?

—Sim Mari. vamos? acompanharei você. Vamos, que sua companhia está exposta, não a deixe esperando! —A morena sorriu e continuou:

—Sala escarlate? —A morena não esperou resposta, jogou a chave para a loira.

—Eu não sei não, hein? Será?

Between Us - SHARIWhere stories live. Discover now