40. "Pudinzim"🍮

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—Entra logo que por aqui, "Já subiu a bola"! —Fabi Alvin, sentada no sofá cochichava para Mari, erguendo uma taça de vinho enquanto sorria.

—Um brinde, loirão...

—Quê? O que tá acontecendo aqui, Fabiana?—A loira falava baixinho.

—Shillinha convidou a mim e a dona encrenca para jantar com vocês duas. Enfim, a bandeira branca.

Mari abriu a boca, chocada. Antes de dizer algo, ouviu a voz de Sheilla chegando na sala.

—Mar! Senti seu cheiro... —A morena apareceu correndo para abraçar Mari , seguida por Júlia Silva, namorada de Fabi. As duas voltavam da sala onde organizaram a mesa.

—Tudo bem, She? —Sem reação, devido a presença da terceira pessoa, Mari beijou a testa de Sheilla.

—Como vai, Júlia? Seja Bem vinda! —Mari estendeu a mão.

—Tudo bem, Mari? Obrigada! —Julia tomou a iniciativa e beijou o rosto da loira. —O apartamento de vocês é lindo, uma pena os doguinhos não estarem aqui.

—Você vai adorar conhecê-los! —A loira sorriu feliz. Os filhos dela lhes faziam sorrir sempre.

—Soube que hoje nevou em Bauru... Deve ter sido a presença da mulher de gelo.—Fabi brincou. Cuidado aí hein Julhinha.

—Seja bem vinda de volta ao vôlei brasileiro Marianne —continuou Fabi. —Você sabe o quanto seu vôlei é lindo! Desejo muito sucesso minha amiga! Nós temos uma vida juntas. De desilusões, histórias, luta, conquistas...Com você já vivi mais do que com minha própria família. Quero te ver feliz e em paz.

—Obrigada, Fabs. Sua amizade é um troféu que ganhei do jogo para a vida, conservo e tenho orgulho! Quanto a minha volta, vou ver se ainda consigo sacar um viagem né.

As duas se abraçaram. As respectivas amadas não mostraram rispidez em seus olhares. Na verdade, os semblantes mostraram orgulho.

Sheilla saiu e voltou rapidamente com uma taça de vinho para Mari.

—Vem, am..Mar! Senta aqui.

Júlia e Fabi se entreolharam e sorriram.

—Veja só elas Julhinha, e seja bem vinda ao ano de 2006, era assim que agiam —Fabi disse e sorriu. Todas elas sorriram.

—Tanta água passou por baixo dessa ponte, e, ainda hoje, continuam os desafios.—Sheilla disse, um tanto triste. E sorriu para Mari.

—E eu fui, e sou um moinho de vento. Uma vida usando minha energia para fazer essa água passar.—Fabi fez questão de dizer.

O toque em Júlia de que as duas ainda eram um casal havia sido dado. Assim como a declaração de Fabi para Sheilla e Júlia de que ela só seria de ajuda, e claro a declaração de amizade pública de Fabi para Mari. Embora com Sheilla, Fabi havia tido uma longa conversa mais cedo.

Sheilla ergueu a taça.

—Vamos brindar ao retorno da Mar, a nossa saúde, a coragem de fazer o que precisa ser feito, aos novos tempos, e a nossa amizade?

Júlia é quem primeiro agregou votos. E todas as outras o fizeram em seguida.

Sheilla gritou por Mari pedindo ajuda na cozinha.

—É o forno, amor? Cuidado por favor!

A morena a esperava de braços abertos na cozinha.

—De certa forma, é  forno sim Ma, mas ligaremos mais tarde se é que me entende Mar —As duas mulheres se abraçaram forte e se beijaram. Abraço e beijo de amor e saudade. O cheiro no pescoço de ambas tinha cheiro de casa.

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