42. Faca na caveira ☠️

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Sheilla respirou fundo. Viu Mari vindo, com o celular no ouvido, sorrindo para ela. Marianne Steinbrecher era um acontecimento, destoava totalmente de todos os transeuntes daquela calçada. Seus cabelos soltos ganhariam no quesito de mais lindas nuances e mais brilho do que próprio sol do Rio de Janeiro.

—Ah meu Solzinho... O que eu fiz com a gente? —Sheilla pensou rapidamente. Maldito colapso de 2012.

Mari abriu a porta traseira e mexeu na mochila esportiva que estava no banco enquanto falava.

—Eu sei disso, não precisava ter se preocupado. Vocês têm sido bem complacentes, e obviamente eu também serei, no que puder. E esse, de fato, é o nosso combinado.

A loira entrou ainda falando. Deu a Sheilla os envelopes dos exames. Debruçou sobre a morena fechando o cinto de segurança dessa, mordeu de leve a clavícula de Sheilla, sorriu para ela, e, tocando-lhes o queixo carinhosamente, voltou para seu assento.

Depois, numa hábil contorção, tirou a blusa branca que usava sobre o top preto, vestindo a camiseta número 7 verde clara do clube de Bauru. Mari manteve a leg esportiva preta que usava. Na bolsa via-se o short esportivo curto preto nécessaire e mais roupa.

Sheilla calada, observava a loira.

Ela falava na ligação, olhando docemente para Sheilla, arrumando-lhes os fios escuros levemente desalinhados, enquanto enfiava os pés no tênis mais específico para a prática esportiva.

A loira continuava falando. Dessa vez, contornava os lábios de Sheilla com os dedos. Sheilla beijou-lhes a mão. Ela sorriu.

—O uniforme? Sempre tenho um kit vôlei no carro. Sim, bola também. Sim, posso atender alguns.

Mari seguia falando. —Ah, eu acho que como sempre foi. Ah sim, nesse caso, prefiro que homens da comissão fiquem comigo sim, especialmente se dentre as fãs que receberei tiver mulheres casadas e estão com os boys lá.

Marcos Kiwiek gargalhou do outro lado da linha lembrando de um desses incidentes com Mari que ele presenciou.

—Pois é, já vivi e vi de tudo, sempre tem uma galera que confunde. —A loira riu.

—Sem restrição de número de fotos. Acho bacana sim dar um oi para a fanpage. Beleza. Estou indo Marquinhos, até.

Mari desligou.

—Amor, Kwiek está no Rio. Pediu para gravar para o clube os meus exames cardiovasculares, avaliações, TAF essas coisas... mudou a clínica, agora é aquela badalada bem chegada de Angelo lembra? Está tendo um evento lá hoje...Não acho que seja uma boa você ir comigo, muito assédio.

O semblante de Sheilla que já não era bom, piorou consideravelmente.

—Em cima da hora Mar? Por que não remarcam?

—Oh amor, Bauru liberou os meus exames para serem feitos no Rio de Janeiro por comodidade para mim, sabe? Poderei acertar milhares de coisa unicamente com o Marquinhos, que é super gente boa. Claro que treinarei e jogarei como todas! Mas com mais comodidade e flexibilidade...entende? Vai ser bom pra nós duas essa autonomia. Como eu negaria o pedido dele?

—Mas você podia estar ocupada Mar. E se tivesse?

—Mas não estou She. Estou com você obviamente, mas essas duas horas nos ajudarão no futuro. Vamos sair hoje a noite, prometo recompensá-la minha morena!

Ele disse que a repercussão nas mídias está indo bem demais, quer agradar os torcedores dando acesso aos exames...

Sheilla respirou fundo.

Between Us - SHARIOnde histórias criam vida. Descubra agora