46. Quer parar o tempo? ⏱️⌛

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—Espera She! Antes de entrar, a gente se beija, para que nossa casa seja sempre de amor. Bem vinda! Espero que goste do apartamento.

Mari abriu um largo sorriso.

—Sim, Mar, como sempre foi. Bora entrar com o pé direito também.

As duas mulheres sorriram alegres.

—Meu pé direito! Pois você vai assim comigo ó!

Marianne pegou o corpo frágil de Sheilla no colo.

—Estou feliz Mar, te juro.

Mari buscou disfarçar a resposta à pergunta, nem verbalmente feita, mas que Sheilla soube que ela fazia dentro de si.

—Agora tem dois apartamentos para você decorar, hein She!? Esse, e Bauru.

—O básico, né? Pois é você quem dá os toques diferenciais. Olha só!!!! Aquela parede ali é para ter uma foto nossa bemmmm brega, com os filhotes.

—Eu vou amar essa breguice. —Mari riu e abraçou Sheilla —Você se lembra que eu botava poster dos cachorros em todas as  nossas casas, She?

—Sim, amo isso em você demais Mar.

Sheilla deu uma volta pelo apartamento. Possivelmente ele representava uma nova fase. Já que o outro das duas em São Paulo lembrava-as das dores. Não era mais um território neutro.

—Quem vai tomar banho primeiro? —Sheilla quis saber, dando uma conferida no quarto.

—Por que não vamos as duas? Assim não tem briga. —Mari sorriu maliciosa.

—Vai antes amor, eu vou já, já. Uma pena que aqui não tem vinho ainda.

—She, eu já estou levemente bêbada nem poderia. Amanhã eu tô morta. —A loira sorri entrando para o banheiro.

—E como vamos inaugurar esse ap? Magoei! Eu vou abrir essa cerveja que ficou das suas, então.

Mari ouvia Sheilla gritar lá fora.

—Eu devia ter comprado o vinho que você gosta, mas prometo comprar tá? Vamos inaugurar Bauru! Juro de dedinho! Vem amor! Mari gritou enquanto dançava algum ritmo que tocava em sua mente.

—Eu já aqui...

—Que susto!!!! —Mari tirou a espuma dos olhos e sorriu.

—Continue dançando Marianne, é meu desejo de hoje. Dance para mim.

Normalmente a loira teria dificuldades. Mas queria tanto mimar Sheilla.

—Tudo por você, amore mio.

Um tempo depois a morena entrou no box.

—Ta com um olhar diferente, amor.

—Saudade Marianne, saudade. —A morena empurrou a loira com força na parede, beijava e mordia sua pele molhada.

—Vem cá, vem. Mari devorava-a com os olhos.

—Do meu jeitinho amor...

Mari percebeu que Sheilla não estava para muitas palavras. Talvez fosse mistura de saudade, tensão pelos últimos acontecimentos, medo de algo, a loira esperava que o motivo não fosse o mesmo motivo do choro de antes. Mas isso não importava, amava ser de Sheilla.

Sheilla dominou-a firme e completamente. Carinhosa, precisa e presente.

—Sheilla, puta que pariu! —Mari disse vermelha, corpo solto, sustentado por Sheilla.

—É assim que eu gosto! Minha gata loira, finalizada! —A morena sorriu.

—Ah é? Me aguarde. Estou louca por você. Vem cá anda.

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