49. Ela preferiu surtar 🤯💥

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—Se eu contasse, não seria surpresa. Como está minha Lindinha? —Breno perguntou. E, enquanto abraçava Sheilla, ele depositou um selinho em seus lábios, entregando as flores a ela.

Sheilla teve medo do rosto de Dona Terezinha não voltar mais ao normal depois da careta que ela fez olhando a cena de Breno. A morena passou os olhos pela sala buscando a imagem de Ângelo mas não encontrou.

—Estou bem. Vitor não está aqui vó?

—Estava, mas saiu minha filha.

—Saiu assim que eu cheguei, acredita?
Breno disse e olhou para Sheilla erguendo uma sobrancelha. —Toma seu café da tarde, nós vamos sair. E é surpresa também.

Sheilla resolveu relaxar os nervos, e realmente tomar o gostoso café mineiro. O que mais podia fazer? Na verdade, o que precisava era realmente conversar com ele e o mais amigável possível.

O carro com o casal Blassioli trafegava pelas ruas mineiras de Belo Horizonte.

—Breno, o que fazemos nessa área aqui? Aqui não tem nada...

—O que acha desse, lindinha?

—O que tem o prédio? —Sheilla estava impaciente, mas não sentia medo ou ansiedade de algo que ele pudesse fazer.

—O que acha de comprarmos um apartamento aqui?

—Comprarmos? Nós dois? Eu e você?

—Sim, a casa da sua vó é ótima, mas não temos privacidade.

—Breno eu, eu não acho que...

—Não precipite as coisas Sheilla. Sabe que ser apressada quando SE TEM TANTO TEMPO PELA FRENTE, não leva ninguém a lugar nenhum, quem apressa o passo, acaba tropeçando, já diz a sabedoria popular.

Sheilla o olhou em silêncio. Aquele jogo de gato e rato não ia durar até o litoral, ela sentia.

Um pensamento totalmente intrusivo deu um baque na morena. "Tudo seria tão mais fácil se a Mari concordasse com isso da forma que está por 4 anos e meio". A morena voltou a si rapidamente e teve medo de que a quilômetros dali, a loira sentisse aquilo que ela pensou.

—Pode me ajudar, ao menos olhar alguns lindinha? Dar opinião, eu mesmo comprarei. Poderá ficar comigo quando eu estiver na cidade, depois fica com sua avó. Assim, todo mundo fica feliz.

Sheilla seguiu Breno por vários imóveis, calada e emburrada como uma criança que quer ir embora de um compromisso de adultos, ela opinava com sinceridade no que ele precisava, mas só queria sair dali.

—Olha a acessibilidade desse apartamento lindinha, devemos pensar em sua avó. Achei a dona Terezinha bem frágil. Precisamos evitar aborrecê-la com problemas supérfluos concorda?

Era o que Eugênia queria, sendo sugerido pelo próprio Breno: poupar a senhora idosa, e forçar uma ida ao litoral. Ocorre que Sheilla estava ficando cada vez mais perto de transbordar seu copo de paciência com as indiretas de Breno.

Por muita insistência de Breno, eles foram jantar no Shopping. Para sorte ou azar de Sheilla, ele encontrou uns amigos de São Paulo.

Sheilla aproveitou o momento e se refugiou no banheiro do shopping. Sentada no sofá da ante sala, ela respirou fundo e ligou para Mari.

Sentia saudade dela. Enquanto tinha se dirigido ao banheiro, cada cabeleira loira que ela viu, mostrava-a como sentia falta de sua Mari.

Desde a hora que desembarcou não tinha feito contato com a loira. Depois que chegou em casa, Breno não deu trégua. Encontrá-lo no apartamento da avó foi uma surpresa.

Between Us - SHARIWhere stories live. Discover now