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Adentrou no quarto do hotel luxuoso, sobre a cama havia sacolas e mais sacolas de compras, uma estranha variedade literária. Muitos quadros na parede e um recadinho em cima de um dos livros.

"Boa leitura"

Encarou com ceticismo, abriu o livro que na verdade não passava de uma fachada, continha uma granada de mão dentro do recorte das páginas coladas. O telefone fixo do quarto tocou alto fazendo a mulher pular em susto. Levou a mão no peito atendendo:

- Franklin Tamino tem uma visita ao cassino hoje a noite, de lá vai para uma confraternização da noite em fantasia, então esteja lá para fazer o seu trabalho sem falhar, lembre-se do Steve!

Desligou deixando Ji-Hye puta da vida. Ela sabia o que tinha de fazer e faria com competência, por que então ser lembrada a cada ligação de que Steve está por um fio? Era irritante e enlouquecedor não ter o controle que queria sobre o tempo.

Não sabia como faria para cancelar a ida ao cassino sem que Hyeon lhe fizesse companhia. Precisava de uma boa desculpa.

Vestiu-se com saia preta, camiseta, colete e scarpin de mesma cor, Alex não era um homem politicamente correto, exceto para sua família, se esforçava em ser um bom pai, mantinha as aparências do marido perfeito, sua esposa trabalha como contadora no banco da cidade.

Ji-Hye olhava para a pequenina a escorregar com um sorriso largo e feliz no rosto, levanta e limpa a meia calça branca e corre até uma vendedora de doces.
Se antecipou, pusera-se de pé e sorriu a menina, se aproximando com gentileza, comprando lhe um doce!

- Minha mãe me disse que não devo aceitar doce de pessoas estranhas! - a menina estava tentada a aceitar mas seguiu a orientação que sua mãe lhe dera.

- Ei, eu não sou estranha! - rebateu se agachando - É adorável que tenha obedecido sua mãe, quando eu era criança aceitava balas de qualquer um - deu um sorriso alisando as madeixas da garota - Mas para sua sorte não sou uma estranha, sou amiga do seu pai, Alex me pediu para buscá-la.

- Finalmente vamos ver o papai? - seus olhos brilharam como o reflexo do sol nas ondas calmas do mar.

- Sim, nós vamos! - se levantou entrelaçando sua mão levando a menina, até o carro estacionado do outro lado da rua.

Ainda curiosa, passa o cinto sobre peito e cintura da menina, fazendo um sinal para que o motorista avançasse.

- Vejo que faz tempo que não tem um encontro com seu pai, não é Mary? - carrega a arma, discretamente acopla o silenciador.

- Mamãe diz que o papai trabalha muito e por isso não vai pra casa! - balançava animadamente seus pequenos pezinhos.

- Imagino o quão ocupado Alexander é ocupado! - olhou para a rua observando o movimento.

A próxima parada era o trabalho de Kimberly, mãe de Mary. A mulher teclava rapidamente, enquanto desfilava com seu sobretudo e bota de couro vinho.

— Kim? — chamou Ji-Hye pela mulher que continua em seu caminho distraidamente.

Limpou a garganta, chamando novamente.

— Kimberly! — chamou novamente e seus passos cessam.

— Quem é você? — a morena olhou Ji-Hye dos pés a cabeça como se a mulher fosse uma aberração espalhafatosa.

— Sou alguém que vai querer acompanhar!

— Não sei qual plano de saúde tá tentando me vender ou que tipo de boate quer que eu trabalhe mas eu não estou interessada! — desdenhou voltando a teclar ignorando a existência da mulher.

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⏰ Last updated: Dec 14, 2023 ⏰

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𝐑𝐄𝐃 𝐕𝐄𝐋𝐕𝐄𝐓 (Hiatus)Where stories live. Discover now