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Aquele encontro fora trocado por uma rodada de aposta gratuita, Min-Ho se sentia extasiado com tantas vitórias seguidas.

—— Você dá sorte! —— celebrou Min-Ho tomando o resto do Martini.

—— Não mesmo, está jogando muito bem, a casa tem um homem sortudo hoje a noite.

—— Devo apostar na casa preta ou vermelha?

—— Na casa vermelha, número dezoito! —— sugeriu observando o quão empolgado estava o homem.

As bebidas grátis continuaram chegando a mesa em pouco espaço de tempo para que o homem facilmente se perdesse no que estava acontecendo a sua volta.

Como tudo na vida, há ganhos e perdas, e Min-Ho havia sido deixado pela sorte da casa de jogos, perdendo vezes consecutivas, tudo na esperança de recuperar a boa onda de sorte.

—— Eu não vou ficar na mesa de um perdedor, se continuar assim vai ter de assinar documentos garantindo que terá como pagar Min-Ho.

—— Relaxa, eu tenho muita grana! —— o bafo de bebida saiu dos lábios embriagados de Min-Ho.

—— E daí? Não vou deixá-lo sair daqui sem pagar, pode apostar esse seu relógio ouro, quando ganhar, recuperará tudo que perdeu, o que vale bem mais que um simples relógio.

O homem hesita por um momento, mas entrega a herança de família a Ji-Hye, o relógio, que o entrega a Lee-Yeon, seria uma peça importante mais tarde!

—— Se está sem dinheiro, eu conheço quem pode emprestá-lo! —— acariciou o rosto de Min-Ho
—— Sinto que agora ganhará!

—— Não posso continuar, eu já perdi dinheiro demais! —— a voz embargada do homem denunciava seu estado enlouquecido. —— E esse relógio é importante para minha esposa.

—— Que seja! —— se levanta. —— Vou pedir um taxi, não pode dirigir assim!

—— Não preciso de táxi, eu sei me cuidar! —— negou falando alto, chamando atenção de outros clientes para si.

—— Você não pode levar o carro, enquanto não me trouxer a quantia que a casa te emprestou! Ele é minha garantia. —— sorriu chamando o crupiê com um sinal.

—— Quebra essa pra mim, amanhã eu vou ao banco para pegar essa quantia! —— pediu a Ji-Hye que fingiu não ouvir.

—— Chame um táxi para esse senhor! ——pedira se retirando de sua presença.

Pretendia devolver seus pertences no ato do pagamento, afinal seu objetivo é outro.

Caminhava até Woozie quando Hyeon cruzou seu caminho, impedindo-a de prosseguir, analisou seu rosto, logo a puxando para um abraço apertado.

—— Eu sempre soube que todo esse ódio que diz sentir por mim, é amor! —— apertou Ji-Hye em seus braços —— Sabia que era você, Ji-Hye, a mulher que eu amo, mas falando sério, eu acreditei naquelas fotografias do necrotério.

—— Me solta seu delinquente! —— se debate.
—— O que está fazendo?

—— Admitiu pra mim, eu me lembro de cada uma das nossas conversas, aquele dia que assistimos a Hannibal, prometi cuidar de você, mesmo que de longe, e eu juro que tentei fazer, mas pensei que estava morta.

—— Se não me largar eu vou gritar! —— avisou beliscando o homem.

—— Ji-Hye, me perdoa, eu fui um imbecil, e deveria tê-la levado comigo, mesmo que a força. Pode achar que te usei, e em parte tá certa, mas eu te amo, eu não menti sobre isso.

𝐑𝐄𝐃 𝐕𝐄𝐋𝐕𝐄𝐓 (Hiatus)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora