𝐑𝐄𝐃 𝐕𝐄𝐋𝐕𝐄𝐓 (Hiatus)

15

Enquanto subiam os degraus do challenger 604, a ansiedade de um voo longo se aflora no fundo do estômago causando certo desconforto.

— Se sente bem senhorita Irinna? — Lee-Yeon parecia mais feliz que o de costume.

— Não muito, mas não conte para Woozie, vai querer adiar a viagem e não quero permanecer neste local nem um dia a mais.

— Certo! Ainda se lembra das instruções de seguranças explicadas no voo feito para Califórnia?

— Com certeza iria morrer, acha mesmo que eu tentaria sobreviver a esse tipo de queda? — brincou fazendo Lee-Yeon dar uma risada mecânica.

— Que bom que estão se entendendo! Fico feliz.. — Woozie se senta ao lado de Ji-Hye.

- Quase isso.. — Ji-Hye junta as mãos, tocando os joelhos.

O aviso de decolagem soava pelas saídas de som, para Ji-Hye não fazia o menor sentido aviões tão tecnológicos com um microfone de um rádio antigo policial.

Passa o cinto de segurança sobre a cintura, movendo rapidamente uma das pernas em uma crise nervosa, parecia estar em uma constante ansiedade.

— Animada para conhecer Seul? — Woozie tinha um sorriso largo no rosto.

— Acho que sim, não pretendia vir sozinha.. — olhou para a pista, percebendo a movimentação sutil se tornar mais rápida.

— Não está sozinha, tem a mim!

— Não foi isso que eu quis dizer quando expressei essa fala! — olhou para o homem.

— Eu sei, apenas quis enfatizar que tem a mim, Lee-Yeon, e se ainda quiser, Hyeon.

— Quero Hyeon, para fazê-lo comer o pão que o diabo, no caso eu, amassou! — desvia o olhar já furioso.

O aeroplano pega velocidade, subindo devagar, fazendo Irinna apertar um dos pulsos de Woozie que dera uma risada dolorosa com as unhas afiadas da mais nova cravadas a sua pele, retirando sua mão com cuidado, pegando-a em um aperto.

— Não precisa ter medo, quando se acostumar, terá mais medo de veículos terrestres do quê aéreos.

— Nunca vou me acostumar com isso! — manteve os olhos fechados.

— Não acha mágico em como estamos flutuando agora, sem precisar de superpoderes?

— É sim, mas tô ocupada morrendo de medo dessa coisa despencar! — soltou a mão de Woozie percebendo que a pior parte havia passado.

— Quando perceber, me diz como se sente..

— Sei que é uma pergunta idiota, mas perguntar não ofende.. como ficou cego?

— Longa história!

— Temos um tempo estimado de treze horas, acho que é tempo para várias histórias longas. — dera uma cotovelada gentil no mais velho.

Lee-Yeon olha para Ji-Hye com os olhos arregalados, pedindo para que a mesma parasse sem deixar ser ouvido, a mais nova levanta as mãos em rendição para o rapaz quando lê seus lábios.