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Seu dedão molhado de tinta, encosta levemente a folha de supremo deixando sobre ele sua digital, assim como Hyeon fizera. Se retirou do recinto em seguida, seguindo o caminho único, um corredor estreito e extenso, ao final uma escada com tapete vermelho!

Subiu os degraus atrás do amado, agora parado em frente a porta larga.

— Tenho um pedido a fazer... — se mantém de costas a mulher, que agora estava parada na escada.

— Faça! — subiu os cinco últimos degraus.

— Creio que Wu zi mu fará a ti um ultimato. Acredito que ele queira unir um rito ao outro caso aceite. — tocou seus ombros.

— Já sei.... vai pedir que eu te escolha, e dizer o quanto nos amamos! — dissera impaciente revirando os olhos.

— Não! Quero pedir que esqueçamos o que aconteceu naquela noite de cinco anos atrás, viva esse momento intensamente e não faça uma escolha precipitada.

— Por que se preocupa que eu faça isso?

— Se escolher errado, com base no que lhe convém, não poderei me aproximar de você de modo algum.

— Do que tá falando? — retira as mãos do homem de seus ombros.

— Bem, se escolher ele, é porque deixei de ser importante, então, não haveria motivos para tentar. Já machuquei ele demais, me meti em um relacionamento e já me aproveitei de suas fraquezas e dos traumas, nunca fui um bom amigo, mas agora quero ser. Se escolher ele, vou deixá-los viverem sem minha presença!

— Aceitaria perder tão facilmente? — deu um sorriso convencido.

— Bem, não seria um bom negócio perder a mulher que tem um beijo mágico que cura feridas! — tocou seu queixo — Aquele beijo realmente me curou daquela surra. — se referiu a Rosenberg.

— Não curou nada. Pude ouví-lo reclamando de dor enquanto dormia! — deu uma risada.

— Mudamos muito de lá pra cá! — alisou seus braços.

— Ficamos amargurados. — desvia o olhar dando uma risada triste.

— Tem razão, aqueles cinco anos foram pesados de se carregar, mas por essa noite esqueça disso, vamos curtir, como fizemos naquela noite de chuva na velha strip.

— Pra acabar na mesma cama que você, e no dia seguinte você sumir? — provocou.

— A parte da acabarmos furando outro colchão d'água hoje é muito boa. Mas não está em meus planos sumir dessa vez! — dera uma piscadela.

— Certo, vamos voltar a cinco anos atrás, sem memórias ruins. — sorriu verdadeiramente ao ver o brilho que havia sumido do rosto do homem reacender.

Os dedos tocaram a maçaneta, girando calma, abrindo então a porta, deixando com que Ji-Hye entrasse primeiro para outro salão, dessa vez com pouca iluminação, som alto, barman e um buffet.

— Tô me perguntando se isso é mesmo a cerimônia de apadrinhamento ou uma desculpa esfarrapada para verem mulheres seminuas no pole dance enquanto enchem a cara e outros se drogam! — Ji-Hye parecia entediada.

— Os dois! — Hyeon sorriu mas logo seu sorriso se desmancha. — Parece que Woozie quer ficar a sós contigo. — procura uma desculpa para de afastar tentando sair de fininho.

— Para onde vai, mal nos falamos hoje! — Woo felicita Ji-Hye com um beijo na bochecha e um abraço apertado enquanto mantém um olhar enciumado para Hyeon.

— Ia pegar um drink! — sua expressão de preguiça era notória, Woozie não conseguia ficar ao seu lado sem ter um ataque interno de ciúmes.

— Não seja por isso! — O castanho faz um sinal para o garçom que se dirige ao trio oferecendo champanhe.

𝐑𝐄𝐃 𝐕𝐄𝐋𝐕𝐄𝐓 (Hiatus)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora