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—— Senhor, o manobrista informou que Ji-Hye não pediu o carro, pelo que parece saiu andando, o segurança disse que estava muito transtornada, então não deve estar tão longe! —— Lee-Yeon informou enquanto checava a localização do celular com rastreio.

—— O celular está em algum lugar desse prédio.. —— apontou Woozie para o ponto vermelho piscando discretamente.

—— Ela já descobriu tudo .. —— Hyeon anda de um lado para outro de forma agitada.
—— Se ela tava incontrolável antes, agora vai ser impossível domar aquela mulher... ela nunca vai ceder se ler o resto daquelas páginas. Precisamos achá-la e queimar tudo!

—— Esse seu plano doentio, se for o que estou pensando.. você precisa de um psiquiatra urgente. —— Lee-Yeon deixou sua opinião escapar, mas quando deu por si já era tarde demais.

—— Vê se cala a porra da boca e faz seu trabalho! Perdeu a noção do perigo? —— Hyeon esbravejou batendo a mão na mesa.

—— Não fale com Lee-Yeon desta forma! —— Woozie avisou para Hyeon que bufa com raiva —— Se quer tanto reverter essa situação vamos em sua procura, não foi longe!

Hyeon sabia que sua máscara havia caído, como iria convencer a mulher que não era o vilão da história, contaria o real objetivo?

Ji-Hye continua a caminhar entre as pessoas que encaravam com certa estranheza, quem chora em público, descalça, sem noção de rumo, lendo de forma fixa, a ponto de esbarrar em quem esta a frente, a menos que esteja em estado de loucura?

As palavras martelavam em sua cabeça, se tornavam borrões conforme suas memórias se encaixavam nos escritos.

Até por fim esbarrar em uma mulher que a empurra, fazendo os papéis se soltarem pelo chão. Ji-Hye se ajoelha ajuntando os papéis dentro da pasta, a pusera debaixo do braço enquanto continuava a caminhar.

Queria desesperadamente voltar para casa, em seguida dera uma risada, lembrando-se que não havia como e nem para quem voltar.

Woozie e seus homens estavam espalhados por todos os lugares. Não poderia pedir ajuda ou se quer recorrer a uma autoridade maior, seu caso seria abafado e outra vez seria arrastada para o mesmo poço!

Sentiu-se seguida, apertou os passos quando observou o veículo preto em baixa velocidade, se encostando rente a calçada.

Seus passos se tornam longos e atrapalhados quando o número de veículos dobram, respirou fundo, soltando a bolsa sobre o chão, escolhendo levar consigo a pasta, entrando no parque cheio de crianças e pessoas passeando com seus cachorros.

Reuniu coragem enquanto aperta o passo, correndo entre a massa, passa entre o grupo de esporte, entre as mesas de um pequeno restaurante, entrando então no beco que separa o prédio para o grande edifício, sem pensar adentra pelos fundos.

—— O que tá fazendo sua maluca, não pode ir entrando assim! — o homem já de idade encara Ji-Hye, escutando pelos becos apertados as vozes dos homens.

—— Por favor, eu te dou o que quiser! —— choraminga desesperada.

—— Entra nesse freezer, ele está quebrado! —— o velho abre para a mulher que encara com medo, mas adentra rapidamente
—— Vê se fica quieta.

Abriu o freezer ao lado, colocando sacos de gelo sobre Ji-Hye até cobri-la por completo, fazendo o frio percorrer por seu corpo, se sentindo ainda mais angústiada.

Os homens adentram na cozinha do edifício, olhando nos possíveis lugares onde a mulher poderia ter se escondido.

—— Cadê ela? —— a voz de Hyeon se fez presente no mesmo instante em que as panelas caem no chão.

—— Ela quem? —— o velho se faz de bobo com medo dos homens que o acompanhavam.

—— A mulher de sobretudo preto, vai me dizer que ao dar de cara com uma única porta, ela não entrou? —— Hyeon arromba uma das portas da dispensa vendo o local vazio.

—— 'Tão' quebrando tudo achando que temos que saber de alguma coisa, eu vou chamar a polícia! —— a voz de uma mulher rebate aos homens.

Os olhos de Hyoen se desviam a uma única gota de sangue fresco contido no chão branco da cozinha, logo avistando o freezer.

—— Abram o freezer! —— ordena Hyeon esperando encontrar a mulher.

Os homens olham, mas nada além do gelo em massa fora achado.

—— Nada por aqui! —— um dos homens dissera.

—— Se eu souber que essa mulher passou por aqui, e não me disse onde estava, eu vou voltar para quebrar o seu pescoço! —— pega o senhor pela camisa.

—— A gente tá perdendo tempo, ela pode ter fugido no tempo em que você tá quebrando tudo! —— outro de seus homens dissera ainda bufando pela corrida.

Os passos se distanciaram, e os minutos abaixo do gelo se tornam insuportáveis, quando o gelo finalmente começa a pingar, começando a descongelar aos poucos.

O homem abre o freezer horizontal, retirando saco por saco, até que a mulher estivesse descoberta por completo.

Seus dentes, dedos e mãos tremiam descontroladamente devido ao frio imposto sobre seu corpo com pouca coberta.

—— Você tá numa enrascada! —— o velho a ajuda a sair de dentro da grande caixa.

—— Nem me fala! Muito obrigado senhor...
—— agradeceu se limpando.

—— Te aconselho a seguir daqui pra delegacia... —— leva a mão ao bolso
——Aqui deve ter o suficiente para levá-la até lá.

Põe sobre a mão de Ji-Hye trinta mil wones.

—— Saia pela porta da frente do restaurante, tem câmeras, caso precise de imagens.. isso é tudo que posso fazer pela senhorita! ——.o homem a empurra devagar para a porta a frente.

—— Vou chamar um taxi, assim não precisa ficar esperando lá fora. —— a mulher limpa as mãos no avental.

Por alguns segundos se lembrou do carinho e bondade de seu pai, engoliu em seco enquanto o senhor a olhava preocupado, e sem lhe pedir, o abraçou.

—— O que tá fazendo menina? ——.dera dois tapinhas nas costas de Ji-Hye, que depois de alguns minutos o solta.

—— Por sorte, consegui um taxi, está te esperando na porta, veste camiseta azul e boné branco! —— a mulher dissera a Ji-Hye entregando a mulher a pasta que haviam escondido em outro lugar.

—— Prometo recompensar de uma boa forma quando tudo se ajeitar... —— Ji-Hye os cumprimenta de modo formal antes de sair.

Continuou seu caminho até o taxi que abriu a porta para que Ji-Hye entrasse.

—— Para onde senhorita? —— o homem que não devia passar dos trinta anos deu lhe um sorriso.

—— Por enquanto, para lugar algum, quero ver paisagens bonitas, caso eu não passe de hoje.

—— Que isso, a senhorita é muito jovem, não diga essas besteiras! —— deu uma risada.

Ligara a ignição, acelerando o carro.

Era um fato. Não havia para onde ir, as pessoas das quais amam, já não a espera em casa fazem anos.

Todos estavam prestes a se mostrar quem eram no íntimo.

Todos estavam prestes a se mostrar quem eram no íntimo

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𝐑𝐄𝐃 𝐕𝐄𝐋𝐕𝐄𝐓 (Hiatus)Where stories live. Discover now