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Aquele desfiladeiro fazia a pele brilhante e fina da mais nova arrepiar, enquanto Gang-Tae continua forçando-a encarar toda aquela altura, tão perto de cair.

—— Adivinha o que vem a seguir! ——seu rosto estava tão perto que lhe dava calafrios.

—— O que? Não era essa a minha ideia de mergulhar do penhasco, achei que dizia em sentido figurado! —— olhou para os próprios pés, estava a centímetros de abraçar a morte.

—— Woozie não pode livrá-la agora, não há mais Hyeon para chamar e se quer pode gritar. —— dera um passo a frente.

—— Vamos acabar dessa forma? —— tentou vê-lo mas seu rosto havia sumido.

As mãos grandes de Gang-Tae atingem suas costas sem cordialidade, fazendo a mulher se desestabilizar, seus saltos escorregam e não consegue recuperar seu equilibro.

Mas Gang-Tae a agarra pelo punho, enquanto seu corpo se encontra pendurado no abismo, as mãos desesperadas da mulher agarram seu braço, notando o sorriso de satisfação no rosto do homem.

—— Devia ter ouvido a si mesma! —— sorriu antes de soltá-la.

O grito de pavor sai de sua garganta como faca, ferindo suas cordas vocais, enquanto seu corpo descia com peso, e velocidade, então aceitou que a poucos segundos seria apenas um cadáver qualquer ali em meio a poeira, no fundo do abismo, ao passo que Gang-Tae ficava cada vez menor, e a queda prestes a acabar, o solo se aproximava velozmente, e quando pensa atingir o chão, seus olhos se abrem, e um rajada leve de vento denuncia o suor sobre seu corpo agora rígido pelo susto.

O alívio inundou sua carne, fluindo por suas veias como água nos canais antes secos, regando seu coração e devolvendo lhe o ânimo.

Sentou-se sobre a cama, refletindo em como aqueles segundos de sonho foram tão reais, e como aceitou que morreria de forma tão fácil.

Ouviu-se dois toques na porta, Ji-Hye permite a entrada, a jovem não usava seu batom vermelho vibrante como o costumeiro, e então põe a cabeça para dentro do quarto.

—— Bom dia senhorita Irinna, devo por seu lugar com Abel, a mesa? ——perguntou sem lhe olhar no rosto.

—— Obrigada. Já vou descer! —— sorriu para a jovem que não lhe retribuiu, fechou a porta e saiu em silêncio. —— Todo mundo nesse lugar é esquisito?
—— bufou se jogando na cama novamente com o máximo da preguiça.

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—— Tomei a liberdade de ligar para Lee-Yeon e pedir seu cardápio, já que se recusa o comer o que ofereço. —— Gang-Tae observou a mulher caminhar até seu lugar a mesa.

—— Não precisava se preocupar com isso, eu não estou me recusando a comer, só estava sem vontade! —— observou as três mulheres andando em fila indiana cada uma com um prato diferente, agiam de forma assustadoramente sincronizada.

—— Só não quero que morra de fome na minha casa, isso me daria um grande trabalho, investigações e toda essa chatice de suspeita de assassinato ou cárcere!

—— Uau, falou como um genuíno cretino. —— sorriu para ele forçadamente.

Gang-Tae sorriu de volta, dando uma piscadela em forma de implicância, mas Ji-Hye o retribui mostrando o dedo do meio.

Gang-Tae sorriu de volta, dando uma piscadela em forma de implicância, mas Ji-Hye o retribui mostrando o dedo do meio

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𝐑𝐄𝐃 𝐕𝐄𝐋𝐕𝐄𝐓 (Hiatus)Where stories live. Discover now