𝐑𝐄𝐃 𝐕𝐄𝐋𝐕𝐄𝐓 (Hiatus)

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Woozie fitou o homem, tocando sua mão, aceitando seu pedido de perdão, dando a Lee-Yeon o embrulho, que fora direto para o lixo.

—— Como manda o ritual, devemos esquecer esse infortúnio, devem voltar a confiar seus bens a ele, e não devem mencionar sua transgressão, agora perdoada! —— Wu Zi Mu observa sem muita expressão, não havia empatia mesmo que se conderem família.

—— Obrigado, não voltarei a decepcionar, juro por minha vida que serei impecável até o dia de minha morte! —— ergueu a cabeça para olhá-lo.

Se levantou ainda de pé encarando o dragão de ouro que fitava as gotas de sangue pingando frenéticamente ao passo que se afastava da realidade, os sons do gotejar se tornavam altos, se sentia hipnotizado como se fosse puxado para dentro de um grande poço enquanto tentava desesperadamente se agarrar a cadeira tentando não se dispersar.

—— Senhor, devo servi-los? —— Lee-Yeon sentiu Woozie sufocando nos próprios pensamentos conforme o cheiro de sangue pairava sobre seu nariz.

Lee-Yeon se levantou, servindo saquê em quantidade relativa a posição que possuíam para encerrar o assunto ali mesmo, como se o homem nunca tivesse errado, mas Ji-Hye se negou a tomar do saquê e participar da crueldade!

Encarava o sangue quase seco no chão, ao passo que começam a se retirar do ambiente por posição, sobrando apenas Ji-Hye que permanecia ainda sentada condenando internamente Woo.

—— Temos de conversar!

—— Foi só pensar no diabo que ele apareceu! —— encarou o dito-cujo.

—— Estou aqui como seu superior, e exijo respeito devido! —— se sentou a sua frente.

—— Tava demorando.. —— cruzou os braços se levantando. —— O que tiver de me falar, fale no cassino.

—— É exatamente sobre o cassino, aquele seu convidado tem causado muita dor de cabeça, resolva você o seu problema com Min-Ho, não vai querer que eu resolva, vai? —— se levanta ficando frente a frente.

—— Como pôde deixar que ele corte o próprio dedo, tudo no intuito de ir direto a lixeira? —— a imagem de Woo não havia melhorado perante seus olhos —— A cada dia que se passa eu vejo que nunca o conheci de verdade.

—— E o que eu deveria fazer? Aceitar que continue roubando? As coisas não funcionam como pensa. E se quer fazer parte tem que estar por dentro das normas. Não há espaço para erros, ainda mais erros evitáveis.

Ji-Hye encarava com receio.

—— Pare de me olhar dessa forma. —— pediu se aproximando.

—— Encarou com tanto desprezo, há algum sentimento em seu coração? —— desviou com medo.

—— Ji-Hye, definitivamente não está preparada para se dedicar, se soubesse quantas atrocidades já perdoei, não me acharia cruel. —— tocou seu ombro.

—— Exigiria meu dedo ou teria capacidade de me eliminar? —— seu olhar se encaixa no dele.

—— Teria capacidade de me trair? — rebateu se aproximando ainda mais. —— Faria mal a mim? ——pergunta tomando seu rosto dentre as mãos com uma expressão séria mas seus lábios pareciam sorrir.

—— Eu.... —— desvia seu olhar.

—— Tome sua resposta como minha. —— continuou olhando para seu rosto esperando que a mulher se desvie mas não o fizera, tocou seus braços de forma que lhe aquecia com seu toque quente.

Hyeon observa da porta em completo silêncio, nunca poderia tentar tomar o que não era seu, era nítido em como se comportava diferente com ele, se olhavam de forma tão profunda que o mesmo tinha a sensação de estar 'sobrando'.