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Encarou o tecido branco, com pontos brilhantes, idealizado pela própria Soo-Jin, guardando-o de volta a caixa.

O que faria com todas as peças de roupas, os perfumes, a coleção extensa de bolsas e sapatos que agoram eram inúteis?

Pela quarta vez fugiu daquele momento, escolhendo qualquer canto da casa a fim de se afugentar das lembranças da mulher que vagavam pela casa. O que lhe restou fora trabalho, com um único objetivo; descobrir quem levou a vida da jovem mulher.

Seguiu-se no meio da dor o que seria uma busca implacável atrás do homem por trás da lente que direcionou a bala que matou Soo-Jin.

Nem sempre é bom ter as respostas para as dúvidas..

Finalmente Woozie olhando nos olhos do homem responsável, que erguia o olhar com dificuldade, com a face ensanguentada e o lábio rasgado firme na decisão de não revelar quem havia o ordenado.

Sem dizer nenhuma palavra o jovem vai até o fundo do galpão, abre a porta um tanto quanto enferrujada tirando de lá uma mulher, ainda vendada, puxando-a pelo braço, que estava amarrado para trás.

— Por favor, não me machuca!— a voz chorosa e amedrontada da mulher recobrou os sentidos do homem que não se encontrava muito longe.

Continuou caminhando enquanto trazia a mulher consigo sem muita cordialidade, não tinha tempo nem saco para um interrogatório longo, queria vingar-se o mais rápido possível!

Seu braço passa com cuidado para frente do pescoço da mulher, que continua fazendo seus pedidos desesperados, estava no escuro e nem sequer tinha conhecimento de como é porque fora parar ali.

O revólver encontra-se comprimido na têmpora da mulher.

— Eu vou falar, eu falo porra! — gritou espernando na cadeira. — Solta ela primeiro, e eu falo tudo que quiser.

— Não está em condições para exigências.

— O velho, aquele velho que acompanhava na entrada, aquele com o bebê, ele quem pediu, quem deu as informações, disse que deveria sumir com o bebê e atirar na cabeça.

Woo estava confuso, único homem a acompanhar Soo-Jin na entrada era seu próprio pai.

— O homem que segurava seus braços no jardim?

— O velho era o pai dela caralho! — gritou para Woo — Só vou contar o resto quando soltá-la.

Sem pensar duas vezes apertou o gatilho, jogou seu corpo sobre os pés do homem que gritava seus xingamentos a Woozie, que descarregou o restante das balas no homem, que morreu com uma informação importante entalada na garganta.

Mesmo que soubesse quem havia feito o pedido cruel, não entrava em sua cabeça o porque o homem atentara contra a própria filha!

Seguiu até a casa do velho Sun-Woo para confrontá-lo, que se encontrava no jardim lendo o jornal tranquilamente.

— O que está fazendo aqui, já não disse que não devia pisar nesta casa nunca mais? — o homem se levantou derrubando ao chão o papel contendo notícias locais.

— Eu poderia matá-lo, mas seria pouco, deveria viver com o peso esmagador, a carregar culpa de sangue da sua própria filha. — o jovem com o rosto sujo dos respingos de sangue, com a roupa desajeitada, e o olhar fundo, frívolo, morto.

— Do que está falando? — o nervosismo dobrou e Sun-Woo não podia acreditar que havia sido delatado.

— Não precisa manter as aparências, ao contrário de ti, nunca neguei o que sou, olhe só pra você — continuou com as mãos atadas.
— Não sente remorso?

𝐑𝐄𝐃 𝐕𝐄𝐋𝐕𝐄𝐓 (Hiatus)Nơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ