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— Se for mais uma daquelas pegadinhas eu te mato! — Ji-Hye deu uma risada nervosa ao sentir a areia nos pés.

Hyeon continua a tapar seus olhos, guiando com paciência e cuidado até a mesa romântica.

— Mais um pouquinho e já pode abrir seus lindos olhos! — continua caminhando. - Prontinho.

Desvenda seus olhos, revelando a mesa em meio a imensidão da areia, a expectativa cresceu em seu peito, Hyeon lhe faria o pedido.

— Eu queria dar a você ontem, mas hoje também serve, dorminhoca! — entregou a ela a caixinha preta com laço rosa.

— Um molho de chaves? — parecia um tanto desanimada.

— São as chaves desta casa, é o seu presente, feliz aniversário! — sorriu para a mulher.

— Tá bom, chega de pegadinha por hoje! — deu uma risada desacreditada.

— Falo sério, dizem que Jeju é a ilha dos deuses, mas faltava entre eles uma deusa em particular, bom, não mais, visto estar aqui! — piscou para ela.

— Você é maluco! — se levantou da cadeira indo até o homem roubando um beijo.
— Mas é só? — esperava o anel.

— Sim, eu deveria lhe dar um carro também? — estava confuso.

— Não. Não foi isso que eu quis dizer, é que... — decidiu não prosseguir, ou estragaria tudo — deixa pra lá, eu adorei!

— Que bom que gostou meu amor! — tocou sua mão.

Ji-Hye tentou não demonstrar seu descontentamento com o pedido adiado.

Mas não funcionou muito bem..

— Por tá me olhando assim, fiz algo de errado? — perguntou deslocado.

— Assim como? — bebe do vinho.

— Assim! — imitou sua expressão, tinha os ombros tensionados e os olhos semicerrados.

— Ah — deu uma risada sem graça suavizando sua expressão — estou reparando em como seus olhos são brilhantes.

— Ah é? — Hyeon sabia que Ji-Hye havia descoberto o plano de pedi-la em casamento, e faria tudo para fazê-la esquecer desse fato!

— Claro que sim! — continua a tomar de seu vinho.

Hyeon deu uma risada balançando a cabeça feliz ao ver toda expectativa girava em torno daquele anel que tinha medo dela recusar.

Voltou a beira do mar, com outra garrafa de vinho, vendo Ji-Hye se livrando de seu vestido, caminhando rapidamente para o mar, e se jogando contra onda pouco antes dela se quebrar.

Logo sua silhueta surge na água, chamando Hyeon, como uma sereia atrai os marinheiros. O homem sorriu caminhando até a toalha de piquenique que continha uma cesta de frios e taças, deixou sobre o tecido a garrafa, retirando suas roupas, jogando-as para longe, correndo para dentro do mar.

Mergulhou até a mulher, emergindo a sua frente, abraçando sua silhueta.

— Para quem era se não para mim? — sua voz embargada e tristonha arrancaram uma risada gostosa do mais velho.

— Do que tá falando? — se fez de desentendido.

— Daquele anel, eu não queria contar, mas eu vi! — escondeu o rosto dentre as mãos.
— Para quem vai dá-lo?

𝐑𝐄𝐃 𝐕𝐄𝐋𝐕𝐄𝐓 (Hiatus)Where stories live. Discover now