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— Uma escapada romântica? — correu até o jato particular pronto para descolagem.

— Já aceitou e agora não tem volta. — caminhou até ela pegando em sua mão ajudando a mulher a subir com cuidado.

— E pra onde vamos? — sentou-se empolgada como uma criança levada.

— Eu disse que vai ter de esperar chegarmos lá! — frisou a condição fazendo Ji-Hye cruzar os braços amuada.

Hyeon deu uma risada se sentando ao seu lado, tirando o celular do paletó, apontando a câmera para a mais nova fotografando seu rosto.

— Para quem tá mandando isso? — pegou o celular de sua mão.

— Calminha gata! Não precisa ficar brava — não tentou recuperar o celular.

— Sabia que tinha o dedo da Yu-mi nisso. — deu uma risada devolvendo o celular.

Pousaram em Jeju, mas Ji-Hye havia adormecido no caminho, o que não fazia parte dos planos de Hyeon para aquela noite.

Pegou no colo sua silhueta adormecida e seguiu para o veículo que os esperava para o destino final, uma casa afastada da pouca população da ilha.

Seguiram de carro pela estrada isolada que se estendia pela montanha, com boa vista das águas, agitadas por ondas grandes.

O vento brincava com as madeixas da mais nova ainda presa em seu sono, grudando no gloss de tom cereja.

— Devo voltar pela manhã? — olhou pelo retrovisor central encontrando o rosto de Hyeon.

— Vou avisá-lo quando deve vir, curta o restante da sua noite! — abriu a porta descendo do veículo.

Retirou seu corpo com cuidado, aninhando carinhosamente enquanto caminha na trilha de pedras grandes e espaçadas que se estendiam na grama em curva quase imperceptível até a entrada da casa de dois andares, com excesso de janelas em madeiras incrustadas em suas paredes de pedras quartzito, poucas paredes em tons de verde claro.

Abriu a porta com cuidado, tentando não acordá-la, quando escutou um ronco baixinho, não conseguindo controlar sua risada.

— Acho que nosso jantar romântico falhou. — fitou seu rosto adormecido.

Deposita sua silhueta com sutileza sobre a cama macia, logo seu corpo se move procurando um posição mais confortável.

Hyeon retira suas roupas procurando pela hidromassagem de vista ao mar, as ondas lhe pareciam quebrar fracamente, e sua espuma parecia brilhar.

Permaneceu ali por um tempo na esperança de Ji-Hye acordar de seu sono pesado mas sem sucesso, se enxugou, e vestiu o seu calção, desceu as escadas, guardou o vinho, colocara o buquê em um vaso com água, apagou as luzes e deitou ao lado da amada, brincando com seus cabelos desgrenhados até se cansar e ceder ao sono.

Ji-Hye se levantou de supetão se perguntando quando apagou, percebeu pouco tempo depois que o quarto em que se encontrava não era nem um pouco familiar.

Heyon estava jogado ao seu lado, sem camisa, com as pernas emboladas no edredom branco e fofo que mais se parecia um pedaço de nuvem.

Levou a mão na cabeça envergonhada, recordou da última coisa que vira antes de acordar; Hyeon lendo um livro enquanto sobrevoavam a imensidão do céu negro da noite fria do início de dezembro.

Encarou o quadro enorme de frente a cama coberta por um dossel branco, com seus longos voiles balançando com a rajada do vento, caindo como uma cascata, revelando os pontos brilhantes quase invisíveis pela claridade.

𝐑𝐄𝐃 𝐕𝐄𝐋𝐕𝐄𝐓 (Hiatus)Where stories live. Discover now