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Thomas sentiu seus pés baterem no chão; suas pernas cederam e ele caiu para frente; por fim, sua mão soltou a Taça Tribruxo. Ele ergueu a cabeça.

       — Onde estamos?. — perguntou, se levantando.

Harry sacudiu a cabeça. Levantou-se, ajudou Cedrico a ficar de pé e os três olharam a toda volta. Estavam inteiramente fora dos terrenos de Hogwarts; era óbvio que haviam viajado quilômetros, talvez centenas, porque até as montanhas que rodeavam o castelo haviam desaparecido. Invés de Hogwarts, os garotos se viam parados em um cemitério escuro e cheio de mato; para além de um grande trecho à direita podiam ver os contornos escuros de uma igrejinha. Um morro se erguia à esquerda. Muito mal, Thomas conseguia discernir a silhueta escura de uma bela casa na encosta do moro.

  Harry olhou para Taça Tribruxo e depois para Thomas.

         — Alguém disse para vocês que a taça era uma Chave de Portal?. — perguntou

        — Não. — Thomas examinou o cemitério. Estava profundamente silencioso e fantasmagórico. — será que isso faz parte da tarefa?

        — Não sei.—respondeu Cedrico. Sua voz revelava um certo nervosismo. — Varinhas em punho, não acham melhor?

        — É. — disse Harry, satisfeito de que Cedrico tivesse sugerido isso.

Os três puxaram as varinhas. Thomas não parava de olhar para todo lado. Tinha, mais uma vez, a estranha sensação de que estava sendo observado.

       — Vem alguém aí. — disse Harry, de repente.

Apertando os olhos para enxergar no escuro, eles viram vultos que se aproximavam, andando entre os túmulos, sempre em sua direção. Thomas não conseguia distinguir um rosto; mas pelo jeito que os vultos caminhavam e tinham os braços, dava para ver estarem carregando alguma coisa grande.

  Thomas abaixou ligeiramente a varinha e olhou para Harry ao seu lado. O rapaz lhe respondeu com um olhar intrigado. Os dois tornaram a se virar para observar os vultos que se aproximavam. Ele parou ao lado de uma lápide alta, a uns dois metros. Por um segundo, Harry, Cedrico, Thomas e os vultos apenas se entreolharam.

  De repente, Harry cai gritando de dor. Ele larga sua varinha e leva sua mão até a cicatriz. Ao mesmo tempo, as nuvens que escondiam a lua se afastam e seu luar ilumina o cemitério. Thomas, que olhava para os vultos, arregala os olhos ao ver serem dois comensais conhecidos como Lestrange. O sonserino olhou para as mãos do homem, não conseguia reconhecer o corpo que parecia se deteriorar, mas conhecia o cabelo.

         — Jovem mestre… — os Gêmeos falaram juntos. — não deveria está aqui…

        — Lestrange, o que fazem aqui?.—perguntou Thomas, confuso. Então ele lembrou da Taça como um Chave de Portal. — foram vocês!

         — Apenas estamos seguindo ordens. — disseram juntos.

        — Ordens?.. Então esse cadáver aí é... — Thomas não precisou terminar de falar para os Gêmeos afirmar. — Filho da…

       — Amarrem-no!.

   Foi em um movimento tão rápido que Thomas só percebeu haver sido pego quando seu corpo caiu contra o chão e havia cordas enroladas nele.

       — Matem o outro.

      — Não!. — gritou Thomas. — será minha culpa se o matar…

      — Tsc! Amarrem todos.

  Os gêmeos assentiram e com um movimento, cordas saíram de suas várias e se amarraram nos dois garotos. Harry foi amarrado em uma lápide, ele se debatia e as cordas pareciam ficar mais apertadas. Cedrico também se debatia, gritando em desespero.

O Herdeiro do lorde das trevasWhere stories live. Discover now