Capítulo 10 - Jogo Perverso

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 Olá, meus queridos, esperam que todos estejam bem. Vim avisar que eu cometi um erro de digitação no sobrenome da personagem Ayla, o correto é Trótski, então a partir desse capítulo aparecerá o correto e não se preocupem que corrigirei os capítulos anteriores. Também gostaria de perguntar como se sentem até aqui? Pequenos passos de loucura e as intrigas chegando mais perto hihi, espero que estejam se divertindo. Muito obrigada e Boa leitura.

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 Meio-dia, o céu azul já não se fazia tão presente como nas semanas anteriores, Setembro chegou com o outono, nuvens mais acinzentadas e seu vento mais gélido.

 Ayla ajeitou a jaqueta jeans enquanto caminhava confiante pela calçada. Era sua terceira tentativa de encontrar um rastro da filha, todos os cursos que possivelmente poderia fazer como, pintura, história da arte, piano, nenhum deles tinha uma Natasha Losev. E isso começava incomodá-la. É sua filha e a conhece melhor do que qualquer pessoa, então, não deveria ser tão difícil encontrá-la, mas sente como se algo a escondesse.

— Boa tarde. – disse a mulher sorrindo. — Gostaria de uma informação.

 O homem do outro lado da recepção saiu de trás do computador, ajeitou os óculos arredondados e se aproximou.

— Boa tarde, no que posso ajudá-la?

 Ayla pensou por alguns instantes mudando sua estratégia.

— Estou procurando minha filha, ela tem fugido de mim ultimamente e não consigo encontrá-la nos horários de aula. – suspirou pesado, os olhos se encheram de lágrimas. — É complicado a história, mas ela é muito parecida comigo, gosta da arte, se expressa tanto.

  Ergueu a mão, soluçando com o choro.

— Desculpe... – o homem ficou sem saber o que fazer e apenas lhe estendeu uma caixa de lenços. — Foi uma separação dura, e gostaria de saber se ela estuda aqui.

Ayla Trótski. – a voz veio de trás da mulher.

 Assim que ela se virou encarando um homem alto, cabelos grisalhos. Usava óculos escuros, roupas pretas, o sobretudo era a única coisa diferenciada, mas ainda estava num tom acinzentado.

— Podemos conversar?

— Me perdoe, e o senhor é?

Alguém que você não vai querer contrariar.

  A frase dita perfeitamente em russo a fez erguer as sobrancelhas, limpou as lágrimas falsas pela face. Acenou para o outro atendente e seguiu o estranho.

 Por que o seguiu? Bom, se tem algo que aprendeu na vida é identificar uma ameaça, seus anos estudando assassinos psicopatas e serial-killers lhe deram algumas habilidades. E sinceramente não precisou de muito para entender que aquele homem não estava ali para brincadeiras.

 Caminharam até a esquina onde um carro estava estacionado.

— Não espera que eu entre, não é?

— Vai, se quiser sair ilesa. – abriu a porta de trás e a fitou. — Ou terei que prendê-la em grilhões?

  O sorriso dela foi sarcástico.

— Oh, então é disso que se trata.

 Sem responder ou esperar mais provocações, ele a empurrou para dentro do carro com certa violência e logo seguiu para o lado do motorista.

— Isso é sequestro.

— Grite, então. – a encarou pelo retrovisor. — E logo saberão o que você já fez.

 Ayla não conseguia argumentar com aquele homem, nem parecia temer as suas palavras, não se distraía por nada. Não é todo homem que consegue encará-la nos olhos sem gaguejar, muito menos sem sentir atração. Mas, esse cara, parecia um muro de concreto, tão grosso que nada pode ultrapassar.

G.U.Y. - A Lei do SilêncioWhere stories live. Discover now