Capítulo 20 - O Fantoche

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 Nero caminhava de um lado para o outro pelo apartamento, encarando a tela do celular até que finalmente a chamada foi atendida.

— E você some dessa maneira? Achei que tinha sido sequestrada! – reclamou Nero para Ayla.

Está se preocupando comigo agora, que meigo da sua parte.

— Você é um encosto, está mais para minha sombra e quando some assim sem avisar é um pouco difícil não criar uma paranoia

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— Você é um encosto, está mais para minha sombra e quando some assim sem avisar é um pouco difícil não criar uma paranoia.

Fofo. – zombou a mulher. — Estou bem, eu só preciso resolver um problema particular e logo voltarei.

— Vai se meter em confusão, não é? É a sua cara fazer isso.

Por que não foca essa sua cabecinha no caso da Desirée? Uma mulher como ela ser morta pelo próprio segurança é bem suspeito.

— Estou tentando por isso tirei dois dias de folga.

Ah, entendi, você não consegue sem mim. – ela riu do outro lado.

— Quer saber? Tudo bem, vá, resolva seu problema e nunca mais me procure.

Oh, controle suas emoções detetive, ou assim qualquer uma pode te manipular.

  Nero encerrou a chamada abruptamente e jogou o celular no sofá.

— Demônio! – disse apontando para o aparelho.

 Voltou para o sofá da sala. Depois das novas informações que Ayla trouxe, aquelas imagens, as mortes fizeram um pouco de sentido. Pelo menos a maneira de matar. Ainda precisavam do motivo, do assassino.

 Há semanas que ele não vê um sinal de Lilith, pode dizer que quase um ou dois meses, as únicas coisas são as frequentes atualizações de arquivos. Recebeu fotos e vídeos de uma operação secreta que ocorreu em Michigan. Não está em seu departamento, claro que não, mas se ela lhe mandou isso é porque está interligado no caso.

 Em resumo, resgataram entre 20 meninas sequestradas, prenderam pessoas e houve mortes. Nero assistia os vídeos gravados pelos policiais da SWAT, e se perguntava se todas aquelas pessoas ficaram presas ou o dinheiro sujo as libertariam daqui uma semana. Passou por outro vídeo, mas estava comprometido demais, infelizmente o homem foi morto por um dos convidados. A câmera danificada só gravou partes de áudio, desde um nome ao tiro final.

— Ingrid. — disse analisando as listas que recebeu. — D'Marchi, quem pode...

Não perca seu tempo.

— PUTA QUE PARIU! – Nero de um pulo de susto tão sincero que fez Lilith rir do outro lado. — Vai se fuder, não faça mais isso! Pelo amor de Deus.

 Colocou a mão sobre o peito e jogou-se no sofá.

— Ainda bem que não sou cardíaco.

Por acaso está devendo algo, detetive? Para tomar um susto tão grande?


 A imagem dela apareceu, aqueles olhos bicolores, cabelos platinados, máscara cobrindo a boca. Nero estava genuinamente puto e se levantou gesticulando para a tela.

G.U.Y. - A Lei do SilêncioWhere stories live. Discover now