Capítulo 22 - Castelo de Cartas

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  Nero estava com um copo d'água em mãos, pois Lilith o proibiu de colocar qualquer tipo de bebida alcoólica na boca. E agora andava pelo salão, ouvindo aquela voz distorcida e irritante que o ordenava a fazer as coisas e ao mesmo tempo, auxiliava nas conversas, informando quem era quem. O detetive foi alertado que estava ali como um dos policiais que trabalharam na investigação do assassinato da família Dantas, cinco anos antes.
Ele lembra de algumas notícias, algo sobre a morte cruel da grande juíza Carmen Dantas e sua filha mais nova Sandy. Trevor foi o único sobrevivente, mas as más notícias continuaram e foi noticiado sua tentativa de suicídio depois do ocorrido.

 Agora, o que tentava entender era o motivo pelo qual Lilith o quer ali. Ainda mais mentindo daquela maneira. Quem estavam procurando? Ou o que? Algum tipo de sinal?

 Andou e andou e nada. Chegou um momento que as luzes se apagaram e um homem subiu ao palco falando algo que o detetive ignorou com sucesso. Bebeu outro gole da água e encarou o copo com desgosto.

— Ser saudável é uma merda. – resmungou ele.

 E por algum motivo esperava uma provocação vinda de Lilith, mas só houve o silêncio.

— Dormiu? – provocou Nero.

"— Tenho coisas mais importantes a fazer que jogar papo fora com você."

— Aí... – murmurou ele.

 Ainda assim, havia algo errado e no caso, era no comportamento dela, mas não disse nada, pois no instante seguinte, reconheceu Ayla. Ela atravessava o salão com pressa.

— Porra... – passou a mão no cabelo. — O que ela está fazendo aqui?

"— Fazendo merda. Vá até ela e a pare." – ordenou Lilith.

  Nero não queria, mas ficou curioso e intrigado por duas coisas. Primeiro em saber o que a mulher fazia ali e segundo porque daquela vez Lilith não soou tão bruta como antes.

 O detetive passou por um grupo de pessoas apressado e então agarrou o braço da mulher que se virou com as sobrancelhas erguidas, estava pálida. Ambos caminharam para um pouco mais longe, onde tinha menos pessoas.

— O que você faz aqui? – questionou ela primeiro.

— Eu... – enfatizou. — Fui convidado e você?

 A mulher pareceu analisar ao redor.

— Fui convidada à minha maneira.

"— Ou seja, transou com alguém, pergunte quem."

  Nero fez uma careta em protesto, mas obedeceu.

— Quem foi o trouxa que você dormiu?

— Que grosseria. – riu ela em deboche.

  Mas claramente Ayla não estava concentrada no assunto.

— Ayla, o que houve? Você está inquieta e pálida.

"— Ela quis mexer com o demônio e ele revidou."

 Nero se preocupou com aquela afirmação.

— Ayla, o que você fez?

— Por que assume que eu fiz algo? Para de me investigar, eu não sou o problema aqui. – retrucou irritada e ajeitou os cabelos. — Não importa como entramos, mas que estamos aqui.

— Como não assumir? Está nervosa, pálida, claramente procurando uma sombra nessa escuridão.

— Não importa, não vai nos incomodar, não é louca a esse ponto. – tratou de dizer e se virou para ele. — Eu vim aqui com Carl Relsing, um dos maiores nomes no ramo das empreiteiras, satisfeito?

— Não sei dizer. – na verdade, Nero estava esperando uma resposta de Lilith. — Por que logo ele?

— Ah, finalmente quer falar sobre algo interessante. – se aproximou e envolveu o braço dele. — Carl Relsing tem a marca.

"— Para seu bem, não chegue perto dele, Nero." – alertou Lilith.

— Realmente dormiu com o cara?

— Meu corpo, minhas regras. – sorriu de canto. — Tenho certeza de que nosso assassino também está aqui.

G.U.Y. - A Lei do Silêncioحيث تعيش القصص. اكتشف الآن