Capítulo 30 - A Verdadeira Rainha do Inferno

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— Mas, eu já não preciso de você.

    Disse ela tomando mais distância.

— Eu não sei o que você realmente quer Derek, só que precisa entender que meus sentimentos não importam mais, e nem o que falará. – apertou as pálpebras. — Porque eu tenho muita coisa para fazer, e voltar pra você não está na lista.

— E vai fazer o que? Me entregar para o Trevor? Me matar e depois matar ele?

— O que você quer? – ergueu os ombros. — Qual seu verdadeiro objetivo?

— Eu quero você, depois que tudo isso acabar.

— Não. – negou com um aceno. — Derek, você não sabe quem você é, por isso está desesperado atrás de mim.

— Não fale besteiras.

— Nós somos dois doentes, maníacos, obsessivos um pelo outro. – deu um passo a frente. — Animais movidos a libido e sabe que é verdade. Porque se quisesse me fuder agora, eu não pensaria duas vezes em dar pra você.

   Ele desviou o olhar passando a mão na barba.

— E agora está pensando nisso, provavelmente ficará excitado e me conhecendo sabe que vou provocá-lo. Somos apenas contato físico Derek, se lembra? – apontou com o indicador. — "É puro prazer, não há amor nisso."

     A memória dela é muito boa quando quer.

— Quem é você? Derek Lynch ou Mikhail Fedorov?

— Fala como se fossem pessoas diferentes.

   Ela tentou controlar o sorriso, desviou o olhar pela grande sala, mas logo o encarou com aquele sorriso provocador e depravado.

E não somos?

   Agora ele entendeu.

— Veja, não acha incrível? – apontou para si, parecia mais hiperativa. — É "mágico". O melhor dos dois mundos, como Hannah Montana.

    Riu e caminhou pelo lugar.

— Tanto tempo com medo, se escondendo, controlando meus desejos de fúria e revolta. – analisou o cômodo. — E você apareceu, o temido Algoz de Longinus.

— Como eu disse... Destruí você.

— Ah, por favor. – se virou limpando a lágrima que escorria pela bochecha. Encarou os dedos úmidos. — Eu era um monstro enjaulado e vocês... – o encarou. — Me libertaram.

— Natasha...

— Libertaram das amarras da sociedade hipócrita. – sorriu. — O monstrinho criado por Ayla, aquela vadia. Fique feliz, fez alguém encontrar o próprio caminho.

— Você precisava de remédio e sabe disso.

— Ah, não. – revirou os olhos. — O mundo é podre e eu posso ser igualmente mórbida, por que iria me esconder em uma máscara outra vez? Por quem?

— Vai acabar morrendo.

— Ora, ora... – ironizou. — Não seria a consequência dos meus próprios atos?!

    Riu em escárnio.

— Assim como você, Algoz¸ eu sei ser um monstro frio. E eu gosto.

— Por que ser isso?

— Por que caçar pessoas que tem o controle mundial? – retrucou ela cruzando os braços. — Por uma vingança antiga? Sendo que eles nunca viram suas faces e poderiam viver no anonimato para sempre. – ergueu os ombros. — Por que começar uma guerra com a Nova Ordem Mundial?

G.U.Y. - A Lei do SilêncioDove le storie prendono vita. Scoprilo ora