Os passos eram pesados, ecoavam de maneira abafada naquele piso brilhante sendo sujo e marcado pelo sangue.
"— Ethan, faça isso por mim.
— Senhorita Losev, por favor, não posso deixá-la e...
— Escute bem Ethan. Ou você me obedece ou será seu corpo que deixarei sem vida no chão."As botas passaram por cima de outro corpo caído na recepção. O pulo que dera para passar a catraca foi tão habilidoso e de certa maneira gracioso, contrastava com a figura ensopada de sangue que se dirigiu ao elevador.
"— Natasha, por favor.
— Eu liguei pro Caleb, ele já deve saber, avisei o resto dos ceifeiros, alerte o submundo.
— Isso é suicido!"O reflexo distorcido daquela figura vestida roupas acinzentadas, os cabelos brancos manchados com sangue, e a face coberta por uma máscara era de fato perturbador. E se torna assustador a maneira calma de como encarava os números subirem, a arma carregada pendurada no ombro, a pistola em mãos e a adaga escondida em alguma parte daquela roupa.
"— Não, Ethan. Eu chamo isso de acerto de contas."
Quando o elevador chegou ao andar, havia homens esperando, as metralhadoras erguidas em direção as portas que mal se abriram e foram fuziladas. Uma pequena explosão no maquinário fez com que o elevador despencasse. Só puderam ouvir o estrondo e a fumaça. O problema estava resolvido.
Um dos homens encarou o próprio pé quando algo rolou e se chocou contra o sapato social. Uma bomba de fumaça explodiu no mesmo instante, eles foram cobertos pela névoa acinzentada ficando cegos. Mais tiros foram ouvidos, se via apenas a luminosidade dos disparos até enfim a silhueta feminina atravessar a fumaça, seguindo em frente.
A grande porta do escritório principal fora aberta, mais homens estavam ali com suas armas apontadas para a garota que atravessou o cômodo e parou, os encarando.
— Atirem, ou será a última coisa que verão. – disse ela com aquela voz abafada pela máscara.
— Provavelmente será. – a outra voz foi reconhecida por ela. — Mas, entenda querida Natasha...
Trevor surgiu entre os homens, as mãos dentro do bolso da calça social. Um sorriso de canto e seu maldito ar de vitorioso.
— Se me matar, suas amadas serão mortas. – acenou e apontou para a televisão ao lado esquerdo.
A imagem da câmera de segurança mostrou Melissa ao lado de Aurora. Ambas estavam sentadas no sofá de alguma casa que nunca viu na vida. Trevor pegou o telefone, discou um número e rapidamente sua tia atendeu a chamada.
— É melhor acalmar sua outra sobrinha, querido Arcanjo, ou as coisas sairão do controle.
A mulher rapidamente encarou a câmera e simplesmente negou. Se via nos olhos dela que era real, um movimento em falso e ambas estariam mortas.
Natasha continuou a encarar a televisão por alguns instantes até puxar a fuzil e simplesmente metralhar os quarto homens próximos a Trevor.
— NATASHA, NÃO! – o grito pode ser ouvido no áudio da tv.
Trevor rir baixo, encarou a própria roupa e sorriu.
— Ela sabe o que faz, não é mesmo Melissa? Está testando se era uma gravação. –desligou a chamada. — Aparece que o ceifeiro te ensinou perfeitamente.— Você cometeu seu maior erro, Trevor Wise.
— Oh meu amor, mas foi você que começou esse jogo.
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G.U.Y. - A Lei do Silêncio
General Fiction[+18] [Saga G.U.Y.] 2º Livro. Um legado foi deixado, ninguém jamais esquece dos feitos do Algoz, tanto que muitos tentam imitá-lo e tomar as rédeas dos negócios do "submundo". Mas, claramente, alguém já estava fazendo isso, o que chamou atenção dos...