Capítulo 18 - Maneater

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Man-eater (tradução literal: Devorador de Homens): "uma mulher que usa homens para ter uma série de relações sexuais, mas não ama os homens" sentido figurado. Também pode ser traduzido como um animal que come seres humanos.

••♦••

— Natasha. – Amália chamou ainda seguindo a garota para o subsolo. — Natasha pare imediatamente!

 Mas, foi ignorada outra vez.

— Natasha Losev!

— Será que não percebeu que está gritando? – a menina se virou com aquele sorriso de canto. — Cuidado com a sua imagem perfeita, Dona Amália.

— Você precisa me escutar. – a mulher se aproximou passando a catraca do estacionamento. — Não pode tirar conclusões precipitadas.

— Precipitada? – riu baixo. — Isso aconteceria se eu já não soubesse a verdade.

— Por Deus, Natasha! Que verdade?

— Sempre escolherá o lado do Derek. – cruzou os braços. — Assim como fez quando Melissa te avisou deles anos atrás. Tia Mel teria morrido sem os arcanjos e onde você está? Ah, é, na coleira de Derek e na cama de Caleb.

— Tome cuidado com sua língua, não é ninguém para me julgar já que vive a mesma situação que eu. – apontou o dedo indicador em sua face. — Nas rédeas de Caleb e na cama de Derek.

— Ah, não. – negou. — Eu tenho mais personalidade que você, duas, para ser exata. – zombou. — Sei seguir minhas próprias ordens.

— Tornou-se exatamente como Caleb, fala e age como ele. – balançou a cabeça. — Deveria ficar comigo, ficado no hospital psiquiátrico, porque assim, sua doença teria sido tratada da maneira correta.

— Dopada e presa na sala de isolamento? Assim eu não machucaria a mim e os demais? – pendeu a cabeça e ergueu as sobrancelhas. — Quantas vezes nos poucos meses que fiquei lá você me visitou, tia?

 Amália desviou o olhar.

— Eu não podia ou Caleb descobriria.

— Veja... – riu Natasha. — Igual ao Derek. – se aproximou. — Ambos me abandonaram.

— Eu não queria!

— Me poupe, si poupe. – lhe deu as costas. — Já sou uma adulta. Não foi o que disse lá dentro?

— 23 anos, está longe de ser uma adulta.

Natasha parou e sorriu novamente.

— Eu mato e torturo como uma. – deu de ombros. — Meu remorso se foi a muito tempo.

— Falou como Caleb.

— Sabe qual é o grande problema? É achar que isso me ofende. – e lhe apontou o dedo. — Caleb me viu drogada.

— Natasha...

— Caleb me viu urinar, defecar, vomitar, cortar meus punhos, mutilar minha pele. – a interrompeu. — E ele me carregou nos braços quando cheguei ao nível assustador de magreza.

— Eu sinto muito.

— Claro que sente.

— Sei que me odeia. – Amália abaixou a cabeça e chorou. — Eu sei que errei, eu sei que – se calou e negou. — Me perdoe.

— Eu não odeio você. – a mulher ergueu o olhar surpreso para ela. — Nunca odiarei, estou com raiva e revoltada, sim, mas sou incapaz de odiar você e tia mel.

— Pode me perdoar?

— Um dia, talvez. – negou. — Mas, não hoje, porque escolheu seu lado. Preferiu esconder de mim sabendo o quanto sofri com a perda.

— Eu sei, mas achei que seria o melhor pra você.

— Ninguém sabe o que é melhor para mim. – deu as costas novamente e seguiu em direção ao veículo onde estava Ethan.

— Caleb te contou? – disse Amália em um tom mais alto. — Contou sobre sua mãe?

 A menina parou no mesmo instante, congelou. Ethan lançou o olhar para a mulher que ignorou.

G.U.Y. - A Lei do SilêncioWhere stories live. Discover now