Capítulo 39 - Todas as Coisas que ela Disse

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— Certo, continuem me mantendo informado.

    Dizia Derek aos homens da sala de comando junto a Aléxis que apenas acenou e voltou para frente do computador.

    Depois de saírem da empresa de Trevor, ele e Natasha seguiram para aquele quartel. O caminho foi silencioso, até porque ambos sabiam que a situação era mais do que delicada. Natasha estava com aquele instinto e o impulso violento em sair feito uma fera atrás de Melissa e Aurora, mas assim que souberam que Caleb e os outros já estavam a caminho. Ela teve apenas que esperar e confiar nele.

  Tudo a partir daquele momento estava sendo baseado em confiança.

  Derek entrou pela porta da casa, avistando Natasha que descia as escadas, havia trocado de roupa. Uma camisa de manga longa e calças jeans, bem mais cômodo para o tempo e claramente as preferencias dela.

— E Amália?

  A menina deu de ombros ajeitando os cabelos.

— Três comprimidos calmantes e ela continua acordada. – suspirou pesado. — Quem sou eu para julgá-la nessa situação.

— Russell e Osíris estão com o Caleb e mais alguns homens, encontraram a casa.

— E não podemos ir ajudar?

— Nós? – apontou para si e logo para ela. — Não. Se sairmos daqui é pior, teremos que esperar que voltem. Arriscar-se nessa situação perderemos a vantagem.

— E que vantagem? Trevor já sabe seus rostos.

— Exatamente. – acenou e seguia para a escada. — Ele não pode me matar, ainda não, por mais que me esconda das câmeras, meu nome ainda é famoso. Se sumir, chamará atenção.

  O acompanhou com o olhar enquanto subia os degraus e então o seguiu com aquela expressão provocadora.

— E foi por isso que manteve contato com a Amália? Para manter seu nome vivo?

— Não vou discutir isso agora. – disse ele simplista já virando o corredor do segundo andar.

— Ah, você vai.

  Natasha correu atrás dele e pode ouvir o aquele riso contido.

— Queria conversar, e agora que estou lhe dando ouvidos vai me evitar? – entrou no quarto e fechou a porta.

  Derek balançou a cabeça enquanto tirava aquele terno.

— Nossa conversa nunca se esclarecerá, quando se irritar comigo me atacará da mesma maneira. – a mediu de baixo para cima. — E se tiver uma arma atirará em mim.

— Claro. – cruzou os braços. — Você merece uns tiros.

— Vá descansar, já está tarde e não temos o que fazer agora.

— Vamos conversar. – ele riu de novo.

— Teimosa como sempre. – tirou a camisa jogando sobre a cadeira ao lado.

— Por que a Amália? – perguntou outra vez.

— Depois de um tempo percebi que ela mantinha meu nome vivo, e não eu. – disse abrindo o cinto da calça. — Assim vi que não havia assinado a transferência da empresa e forjava minhas assinaturas.

— Por quê? O que ela ganharia com isso?

— Nada. – a encarou e simplesmente tirou a calça. — Amália só manteve a farsa muito bem, esperando que eu voltasse, sem saber que estava realmente vivo. Ela quis que a minha imagem fosse intacta.

G.U.Y. - A Lei do SilêncioWhere stories live. Discover now