Capítulo 26 - Canção de Ninar Russa

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A música citada é uma canção de ninar real, russa, e, minha nossa senhora! Eu tive um medo de ouvir essa merda, pq estava de noite. Risos de nervoso, vou tentar deixar o link para vocês ouvirem, é legal, mas ouçam pela manhã hahaha.
Estou deixando os capítulos para postarem automaticamente, pois, como mencionei no Instagram (rollike_abuffalo), estou com um projeto em mãos e então meu tempo está sendo dedicado a isso, mas não os deixaria sem atualização.
Obrigada sempre pelo carinho e a atenção de vocês, boa leitura.

••••

  Carl caminhava aos tropeços pela grande mansão, segurava outra garrafa de vodka, a terceira daquela noite, o celular na outra mão, ligando incansavelmente para o único que poderia salvar de um apocalipse. Pelo menos era o que a mente atormentada pelo álcool e drogas achava. Ele passou perto de um dos seguranças e sorriu torto.

— Ele vem! – disse apontando com o dedo. — O Algoz.

Cambaleou.

— Eu sei que vem, eu sinto... – soluçou.

  Continuou o caminho a passos tortos, tudo girava, o chão parecia um colchão, os pés não conseguiam pisar e manter-se. Até mesmo as cores pareciam alteradas e seu ouvindo zumbia. Coçou os olhos, um vulto passou pela janela, o fazendo encarar o vidro, riu baixo e procurou algo na escuridão do terreno.

Tili, Tili, Boom... Feche os olhos agora.
Há alguém andando lá fora e
Batendo na porta.

  Carl estava tão alterado que jurou ouvir vozes cantando, mas a língua não era conhecida por ele. Riu baixo, balançou a cabeça e voltou a andar.

  A tempestade começou de repente, um dos seguranças que caminhava pela parte inferior da mansão, se adiantou para fechar as janelas que batiam com o forte vento. Assim que se inclinou alcançando o fechou, a lâmina passou por sua garganta, nem dando chance de gritar, caiu nos arbustos.

  Lá ia o drogado, viu dois dos seus homens parecerem perturbados, olhando para os alto-falantes que tocavam uma música macabra onde apenas voz infantil cantava ecoando por todos os cantos.

— Verifiquem o escritório e a sala de música. – ordenou um deles que apertou o comunicador. — Sala de segurança. – silêncio. — Alguém?

  Carl riu, parado no corredor, o encarando o tento que girava, e apenas conseguiu repetir uma parte daquela canção.

Tili Tili Boom... – cantarolou.

Os pássaros noturnos estão cantando.
Ele está dentro de casa para
Visitar aqueles que não conseguem dormir.

  O segurança adentrou a sala que estava escura, chamou seus homens, mas ninguém respondeu. A mão procurou o interruptor na parede, a luz se acendeu dando segundos do massacre, os olhos dele rapidamente foram para a silhueta de um homem. A lâmpada estourou no momento seguinte, e a faca atravessou o coração do segurança que apenas viu a escuridão.

Ele caminha.
Ele está vindo.
Mais perto.

   Carl, subiu as escadas com muito esforço, caiu no último degrau, mas riu.

— Ninguém mais pode me parar! – gritou e se levantou. — NÓS DOMINAMOS O MUNDO, DIABO!

   A garrafa escapou da mão, quebrou sujando todo o carpete de vodka. Não se importando com isso, ele pegou o celular, nem via mais o número, apenas ligou.

 Ninguém atendeu.

— Não importa! Mesmo que cortem uma cabeça, mais duas nascerão no lugar. – sentiu algo escorrer pelo nariz, e viu sangue em seus dedos. — Como uma hidra! O mundo, está em nossas mãos, a gerações.

G.U.Y. - A Lei do SilêncioWhere stories live. Discover now