26

280 32 2
                                    

  Thomas abriu os olhos, ofegante, sentia como se tivesse corrido uma maratona. Havia acabado de ter um sonho completamente estranho na sua opinião. Nele, um homem alto de cabelos pretos estava sentado em uma poltrona em frente a uma ladeira, havia uma cobra no seu lado esquerdo, era possível ouvir gemidos de dor vindos de algum lugar que o garoto não conseguia ver. Ele se sentou, ainda ofegante, passou uma das mãos no rosto e olhou pela janela. O sol já aparecia no horizonte, em algumas horas, o resto do orfanato acordaria.

       — Mestre… você está bem?. — Perguntou morte, preocupada.

       — Sim, eu só tive um sonho estranha. — disse Thomas se jogando na cama. — bem estranho.

  Ele se levantou, aproveitou que estava cedo e decidiu se banhar, agradeceu aos céus por madame Li ter consertado o banheiro que havia em seu quarto. Tomou um banho demorado, colocou seu uniforme habitual do internato, amarrou o cabelo e saiu do quarto. Os corredores do internato estava mais gelado que o normal, parecia que um dementador havia passado por ali. Thomas caminhou rapidamente até a cozinha, ao chegar lá, encontrou Evan com os outros funcionários terminando o café.

        — Bom dia. — desejou a todos.

       — Bom dia, Thomas!. — disse Evan sorrindo. — hoje o café da manhã é bacon com torradas, seu favorito, consegui convencer nossas queria Vivian a fazer.

       — Você implorou. — Vivian riu. — Thomas, quer comer agora?.

      — Não, eu vou esperar… — o sinal ecoou pelo orfanato. — preciso ir!.

  Thomas saiu correndo em direção ao salão, foi o primeiro a chegar. Segundo depois, as outras crianças apareceram. Madame Li chegou no salão e não ficou muito feliz em ver Thomas sentado, não poderia punir o garoto pelo atraso, ele chegava cedo diariamente. Todos comiam em silêncio, até que, de repente, um pio alto ecou pelo salão. Todos olharam para cima e Thomas sentiu o sangue do seu corpo gelar ao ver que era uma coruja, o animal carregava uma carta e ele tinha certeza que era de Rony.

  A coruja parou na frente da madame Li e soltou a carta em cima do preto vazio da Mulher, ela olhou para Thomas com um olhar sério e pegou a carta para abri-la.

        — Thomas. — A voz da mulher estava estranhamente calma. — Corredor. Agora.

  Espantado, já pensando qual seria sua punição, Thomas se levantou e acompanhou a Madame para fora do salão e rumaram para o corredor. Madame Li retirou o chicote da cintura, fazendo Thomas engoliu seco.

        — Como você mesmo viu, isto acabou de chegar. — disse Madame Li segurando com apenas dois dedos a carta. — Uma carta. A seu respeito.

  Thomas começou a mexer os dedos nervosos. Havia mandado cartas para seu padrinho, para Rony, de Harry ele mandava pelo correio, para Theodore e às vezes para os gêmeos Weasley que não paravam de fazer rony pedir que Thomas mandava uma carta para ele. Mas ele sempre pedia para que as cartas não fossem entregues de manhã, não queria que madame Li soubesse, mas parece que não adiantou muito já que ela acabou de descobrir.

A madame ainda olhava aborrecida para Thomas, depois baixou os olhos para a carta e começou a ler em voz alta:

Prezada Madame Li,

Nunca fomos apresentados, mas tenho certeza que Thomas já deve ter falado do meu filho Rony.

  Como Thomas deve ter lhe falado, a final da copa mundial de quadribol será realizada na próxima segunda-feira à noite, e meu marido, Arthur, consegui ótimos lugares para o jogo. Espero que a senhora nos permita levar Thomas ao jogo, por ser realmente uma oportunidade única na vida. A Grã-Bretanha não sedia a copa há mais de 30 anos.  ficaríamos muito felizes se Thomas pudesse passar as férias de verão conosco, até o começo das aulas. Se puder mandar a resposta, o mais rápido possível, ficaríamos gratos.

O Herdeiro do lorde das trevasWhere stories live. Discover now