Capítulo 31

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Milo Giordani

Instalei o meu irmão mais novo no banco traseiro do carro a saber que ele piorava a cada maldito segundo que se passava.

- Joder, Timothé! - Gritei ao discar o número do Esteban. Um dos seguranças que guardavam as três mansões fitou o Porsche em alta velocidade vindo contra as muralhas altas do residencial privado, confuso. Precisava levar Timo para o hospital mais próximo da região, independente das consequências. - Sean, estarei fora durante a noite. Certifique-se de redobrar a segurança. Convoque, ordene ou o carajo que sea, seus homens para esta noite. Pagarei o triplo, contanto que estejam todos aqui durante a minha ausência.

Algo me alertava que a porra de um temporal estava para inundar Córdoba, o nosso mundo.

- , senhor.

O motor do Porsche rugiu quando arranquei desesperadamente pela noite fria, nebulosa.

A chamada de Esteban foi direcionada para seu correio de voz, duas vezes.

- Joder! Joder! Joder!

Pelo retrovisor, notara que as convulsões haviam parado. Timothé estava quieto, embora desmaiado a sua respiração estava agitada por demasia.

- Milo. - A voz grave através do contato telefônico denunciava que assim como eu, Esteban sentia o mau presságio se estabelecer nas nossas vidas.

- Timothé usou cocaína, tramadol, codeína e sabe lá o que mais numa junção perigosa...- Meu irmão mais novo continuava a respirar com dificuldade. - Entre em contato com a porra do hospital mais próximo, Esteban.

- Milo, não temos vínculo financeiro com o Hospital Universitário de Córdoba. Não podemos levar Timothé até lá, seria arriscado. A polícia já está no nosso encalço, o melhor a fazer seria levá-lo até o hospital que está na nossa folha de pagamento...

- Estamos há quarenta minutos de distância, Esteban. Timothé está morrendo, não vou permitir que isto aconteça. Nem que para isto, tenha que pagar uma fortuna para a bancada presidencial do Hospital Universitário. Eles não rejeitarão uma boa oferta em troca de salvar a vida do meu hermano, Esteban.

Um suspiro alto foi ouvido do outro lado da linha.

- Entrarei em contato consigo em instantes, Milo. Preciso arranjar uma maneira de falar com o chefe do hospital desta madrugada, Timo ficará bem.

Sirenes intermitentes anunciavam ao de longe uma longa operação 'stop', ao invés de abrandar acelerei um pouco mais, os policiais presentes naquela ação eram pagos pelo Cartel. O Porsche não foi solicitado para parar, do contrário os policiais abriram uma passagem repentina no trânsito caótico.

Cinco minutos depois, Esteban retornou a ligação. Não sabia como ele havia feito para entrar em contato com o chefe do hospital universitário e muito menos como o havia convencido a tratar de um dos filhos do Cartel do Sul no seu hospital, contudo o filho da puta do homem estava a nossa espera com toda uma equipa médica preparada para aquela emergência.

Timothé foi resguardado numa maca, logo o levaram para dentro das acomodações hospitalares.

- Ele ficará bem, Milo. - Esteban anunciou sob os meus ombros.

- Como fizestes para...

- Dinheiro e um bom negociador.

Não entendi a parte do negociador, todavia estava grato por Timothé chegar até aqui ainda a respirar.

Em Córdoba não há flores - Filhos Do Cartel Do Sul 1 Where stories live. Discover now