- Não quero voltar para casa esta noite. - Isabel comunicou a ouvir o pio das corujas. - Não vou deixar você sozinho aqui.
- Estou bem, Isabel.
- Não, não estás. - Apontou para meu olho fechado, resultado carinhoso da união do punho de Facundo contra o meu rosto. - Quem fez isto contigo?
- Ninguém. Já lhe disse que bati com a cabeça numa estante de livros.
Seus olhos verdes me julgaram com raiva.
- Não acredito em ti.
Deitei sobre a relva a usar um dos casacos como travesseiro. Isabel acompanhou os meus movimentos a suspirar.
- Seu pai é mau. Foi ele quem te bateu?
Silêncio.
- Precisa denunciá-lo a polícia. Eles cuidarão de si.
Abanei a cabeça com a menção da organização que jamais me defenderia, do contrário eles fariam de tudo para tornar a minha vida num inferno.
- Estou bem. Isabel.
Ela deitou ao meu lado a espreitar o céu. O barulho da noite envolveu-nos como uma coberta quente e confortável. Tão logo senti a mão de Isabel sob o meu coração.
Meu corpo estava todo dolorido com a surra que levara do Facundo, mas aquele pequeno toque reabasteceu as minhas forças. Isabel me olhou com pena e dor, queria retirar aqueles sentimentos do seu olhar.
- Durma, Isabel. - Sussurrei. - Estou aqui.
Ela sorriu com os olhos em lágrimas.
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Em Córdoba não há flores - Filhos Do Cartel Do Sul 1
ChickLitAos dezoito anos partilha um pequeno quarto com sua melhor amiga viciada em cocaína. Isabel é uma das prostitutas do Copacabana. É exclusiva do tirânico e cruel Simon Cowell. Garcia é hostilizada pelas acompanhantes de Luxo e seus clientes por pos...