Milo Giordani

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Milo Giordani

Córdoba, a chegada de Isabel no Copacabana

- Joder! Mal posso esperar para colocar as minhas mãos naqueles seios fartos. - Medina informou para um dos comunicadores do Cartel. A reunião incomum que acontecia no lounge do bar do Cassino logo se dissipou com a minha chegada inesperada.

Medina tragou o seu cigarro antes de partir para um dos quartos do Copacabana. Ele mal olhou em meus olhos, escondia algo.

- Há algo que preciso saber, Nicolas? - Sinalizei para o comunicador do Cartel.

Nicolas deixou escapar um suspiro alto antes de tornar a realizar sinais.

- Leiloaram a virgindade de García.

O fogo do inferno fez todo o seu percurso por minhas veias.

- Quem foi o filho da puta que inventou isto? - Meus dedos mal pararam no ar. Mataria quem estivesse por trás daquele leilão sórdido.

Nicolas parecia receoso quanto delatar um dos integrantes do Cartel.

- Nicolas. - O comunicador estremeceu quando dirige em sua direção com todo o sangue a escaldar meu corpo. - Nombre. Quiero el nombre de este hijo de puta.

- Castel. - Revelou. - Acontecerá esta noite, na verdade, Caleb foi o ganhador. Ele encontrará a García em - Olhou para o relógio de pulso. - Em vinte minutos. Quarto mil duzentos e três.

Ao caminhar pelos corredores do Copacabana retirei a adaga Smith & Wesson do coldre. No segundo que os meus olhos avistaram Caleb, ele era um homem prestes a conhecer a morte.

- Caleb Medina. - Pronunciei com repulsa o nome do mais novo discípulo do Castel em ascensão. Medina deu um passo errático para trás quando notou a adaga comprimida entre os meus dedos enluvados.

- Senhor Giordani. - Proferiu a perder toda a cor em seu semblante mordaz.

- Vais ficar longe da García. - Afiei a ponta da adaga contra a parede muito próximo da sua cabeça. - Tão longe que se for do meu conhecimento que respiras a porra do mesmo ar que ela, te estriparei. Estás a ouvir-me, hijo de puta? - Ditei ao cravar a curvatura da Smith & Wesson na sua carotídea.

- Sim, senhor Giordani.

Quando o soltei Medina correu pelo corredor como tivesse a fugir de bestas demôniacas.

Adentrei no quarto ainda silencioso e escuro.

Isabel García ainda não estava ali.

Respirei, aliviado.

Estava prestes a saí do quarto e ir a sua procura quando a porta abriu lentamente.

A fragrância de flor de laranjeira tomou todo o quarto no segundo que Isabel caminhou as escuras até a cama em dossel.

- Castel informou-me que estarias aqui. - Após longos anos sem ouvir a sua doce voz, meu corpo petrificou diante daquele canto de sereia. - Poderias por favor manter as luzes apagadas. Prefiro que seja assim...

Meu maldito coração contraiu-se no peito ao detectar dor na sua voz.

Deveria ter caminhado para fora daquele maldito quarto, contudo minha alma e coração envoltos do titânio a reivindicaram há muitos anos. Agia como um filho da puta cruel, maquiavélico. Todavia, não permitiria que a magoassem na sua primeira vez, que a ridicularizassem. Por anos pensei nesse momento, no dia que Isabel García seria minha. Todavia, jamais me passou pela cabeça que seria nesta circunstância.

Em Córdoba não há flores - Filhos Do Cartel Do Sul 1 Where stories live. Discover now