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POV Madi

Acordo sentindo um peso em cima de mim, quando abro os olhos percebo que Vinnie está deitado do meu lado e seu braço está em volta da minha cintura. Começo observá-lo e reparo em todos os detalhes de seu rosto, ele parece um anjo... dormindo ele transmite uma paz inexplicável.

Com muito cuidado para não acorda-lo, eu saio da cama e quando me levanto, meus músculos gritam de dor, vou em direção do banheiro e quando chego, fico na frente do espelho alguns minutinhos e tomo coragem para levantar a blusinha do meu pijama.

— Nossa — sussurro para mim mesma. Eu estava cheia de hematomas e alguns cortes, olho para o resto do meu corpo e fico um pouco abalada.

— Continua linda — Uma voz rouca soa atrás de mim e encaro o garoto pelo espelho — Como está se sentindo?

— Dolorida — falo baixo — Mas os machucados pararam de arder.

— Isso é bom... volte para a cama, vou lá em baixo pegar algo para você comer — O loiro diz saindo do banheiro mas eu nego.

— Eu vou descer junto com você — digo saindo do banheiro e Hacker me encara.

— Tem certeza? — assinto — Se os meninos começarem a fazer muitas perguntas mande eles calarem a boca — ele fala e eu rio.

Vinnie vai até o banheiro e eu vou para o closet. Como hoje está mais friozinho e chovendo pego uma blusa térmica preta e uma calça de moletom cinza bem confortável. Coloco uma pantufa no pé e faço um coque.

Vou até minha mesinha que fica do lado da cama e tomo todos os remédios que Marta deixou para mim, para infecção, dores musculares, analgésicos e todos essas caralhas.

Pego os comprimidos e coloco tudo na boca e dou um belo gole de água para engolir todos. Aproveito para passar uma pomada nas minhas unhas, ou melhor, nos dedos que não tem unhas.

Vinnie abre a porta e assim que ele sai nossos olhares se encontram e eu sorrio para o mesmo que retribui o gesto.

— Só vou pegar um moletom e daí podemos descer — ele fala e eu assinto— Alguma vez já viu meu quarto?

Essa eu quero ver, no dia que eu fiquei sozinha na casa, entrei no quarto de todos menos no de Hacker porque estava trancada.

— O seu não — falo sorrindo — Quando tentei estava trancada.

— Claro que tentou — fala com um pequeno sorriso nos lábios.

Saímos do meu quarto e fomos até o dele. Assim que ele entra eu me surpreendo, é totalmente diferente do que eu esperava.

As paredes são pretas, no lado direto do quarto tem uma cama de casal enorme e para variar bagunçada. Na escrivaninha tinha vários papéis e latinhas de energético espalhados, estava uma zona! vejo uma porta que provavelmente deve dar para o banheiro e o closet do outro lado do quarto, e tinham uma varanda enorme também. Mas no geral o quarto era super bonito e bem decorado.

— Diferente do que imaginava? — pergunta indo em direção do closet.

— Não vou mentir que eu imagina seu quarto com fotos de mulheres nuas penduradas na parede, chicotes e algemas espalhadas pelo chão e uma foto sua semi nu em cima da cama — falo e escuto uma risada.

Brincando com a morte- Vinnie HackerDonde viven las historias. Descúbrelo ahora