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POV Madi
Maratona 1/4

Vejo Anthony começar a se mexer então finjo que estou dormindo. Escuto ele levantando e se espreguiçando, então começo a me mexer também e abro os olhos.

— Bom dia — forço um pouco a voz para parecer que eu acordei agora.

— Bom dia, conseguiu dormir depois do pesadelo? — me pergunta e eu me sento

— uhum — me olha com um pouco de desconfiança — que horas são? — pergunto trocando de assunto.

— 8:10... — diz enquanto começa a se vestir rapidamente

— Vai querer comer alguma coisa? — me levanto e calço minha pantufa

— Não vai dar, estou super atrasado! — diz e fico meio triste

— Você vai para o casarão? — Se ele for eu vou junto

— Não, Preciso encontrar dois caras que são um risco para nossos carregamentos, eles vivem roubando das outras máfias e nós não queremos que isso aconteça nos Scorpions.

— Ah entendi... tudo bem então, mas leva pelo menos uma fruta — falo e ele sorri.

— Pode deixar — diz vindo já minha direção e me dá um beijo no topo da cabeça — Se cuida, qualquer coisa que você precisar me ligue

— Beleza — falo e ele sai apressado.

Saio da sala de cinema e vou para meu quarto fazer o que faço todos os dias, depois eu desço e preparo algo para comer.

Me sinto extremamente cansada e da para ver nitidamente as olheiras fundas embaixo dos meus olhos. Olho para a janela da cozinha enquanto termino meu café e lembro que hoje eu iria no casarão para roubar os alvos. Então é isso que eu vou fazer.

Subo para trocar de roupa, coloco uma blusa de lã larguinha, uma calça jeans e um tênis branco. De maquiagem eu só passo um corretivo e um rímel para disfarçar minha cara de morta e faço um coque no cabelo.

Pego minhas coisas e sigo meu caminho para o casarão.

Saio do carro com uma arrogância extrema, não vou ficar aqui por muito tempo, toda a situação de ontem me fez ficar com raiva e se eu ficar aqui por muito tempo eu literalmente mato alguém.

Entro na casa e sem olhar para ninguém vou até a parte de trás do lugar, algumas pessoas tentam falar comigo mas eu ignora todas. Chego perto dos alvos e começo a desamarra-los das árvores.

— O que você está fazendo chefe? — um homem de aproximadamente 1,65 me pergunta

— O material desses alvos já está muito desgastado, precisam ser trocados. Inclusive o que você está esperando para encomendar novos? — digo seca e o cara corre para dentro da casa para pedir novos.

Pego 5 e sem dizer nada para ninguém vou até meu carro para guarda-los. Arrumo eles direitinho no banco de trás e quando estou prestes a entrar e ir embora eu escuto alguém me chamando.

— CHEFE! — vejo o homem que eu fiz o M no peito na porta — CHEFE!

— Mais que merda — resmungo baixinho e saio do veículo, deixo minha bolsa aqui dentro mas a arma eu prendo na minha cintura e escondo por de baixo da minha blusa e vou até ele — O que foi?

— Estamos com um problema!

— Novidade... — falo baixinho — o que aconteceu?

— Ontem de noite um cara tentou invadir a casa — diz e eu o encaro confusa — Nós conseguimos pegá-lo e trancamos ele, nós iríamos matá-lo mas achamos que você gostaria de ter essa honra — diz e eu fico em silêncio por um tempo.

Brincando com a morte- Vinnie HackerOnde as histórias ganham vida. Descobre agora