Brincando com a morte- Vinnie Hacker

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POV Madi
Maratona surpresa 3/4

Hoje faz exatamente uma semana que estou presa nesse maldito porão,  Charles continua vindo todos os dias aqui e tentar arrancar alguma informação sobre os meninos ou o que eles estão planejando, me torturando.

Ontem de noite ele veio, e não ficou muito contente com o meu silêncio... eu tentei escapar mas ele foi mais rápido. A noite inteira eu fiquei encolhida em um canto, me lamentando, mas eu percebi que não posso perder meu tempo chorando e esperando que alguém venha me resgatar. Preciso dar um jeito por conta própria... e eu sabia que se eu ficasse ali por mais tempo, eu não aguentaria.

Decidi que hoje vou botar meu plano em ação... por 6 dias seguidos, observei cada detalhe do que acontecia, os horários que eu escutava algumas conversas, horários que vinham de dar comida, quem tinha as chaves... e todo dia exatamente as 22: 30 o mesmo cara vem me dar comida. 

E para minha sorte, hoje de manhã escutei Charles conversando com alguém que precisava sair para resolver o problema que eles tiveram com um carregamento, pelo o que eu entendi, eles foram pegos na fronteira indo para o México. Patéticos

Vou aproveitar que ele vai sair e vou roubar a chave quando vierem me dar um prato de comida.

Pensei na possibilidade de roubar a chave e simplesmente sair do chalé, mas eu estou com muitos hematomas e não tenho forças suficientes, eles conseguiriam me pegar. Então vou subir e torcer para que aqueles computadores que eu vi quando cheguei aqui estejam em cima da mesa, vou tentar entrar em contato com os meninos.

[...]

Olhei para o relógio que tinha ali na parede e vi que era 22:00 horas, escuto barulhos de passos se aproximando, então deito no colchão e finjo estar dormindo. Escuto o barulho das chaves e a porta se abrindo, e depois uma voz grossa ecoa no quartinho.

— Madi, amor... — Charles dizia — Ah, você está dormindo...

Escutei seus passos até mim e sua mão em minha bochecha, abro os olhos e ele sorri.

— Vou dar uma saidinha, em duas horas no máximo eu volto — falou enquanto passava a mão pelo meu rosto — quem sabe... eu não venha aqui mais tarde.

Com um beijo na bochecha ele se despede de mim e saí do porão.

Assim que escuto a porta bater, me sento no colchão e começo a pensar como vou entrar em contato com os meninos... hackear algum deles seria impossível, eles achariam que é James ou Charles. Mandar mensagem no número deles é arriscado demais, e não sei se eles acreditariam que sou eu...

— Pensa Madi, pensa — falei baixinho — tem que ter alguma maneira... precisa ter...

Depois de um tempo pensando em algumas possibilidades, me veio uma ideia na cabeça. Código morse!

Vou entrar no controle central da casa e mandar um código pelas luzes. Kio me ensinou direitinho como fazer isso, sem contar que ele me passou a senha para conseguir entrar no controle central da casa.

Escuto o barulho da porta se abrindo e o cara entra com um prato de comida na mão e um copo de água, ok agora são 22:30, Charles saiu já faz uns 30 minutos e disse que voltaria no máximo em duas horas, tenho 1:30 hora para fazer isso!

Finjo não ter forças para levantar do colchão, o que é quase verdade, então ele se aproxima e me entrega o prato e o copo.

No momento em que ele se virou para sair eu dei uma rasteira no homem e ele caiu, levantei rapidamente e pisei nas suas bolas. Escuto seu gemido de dor enquanto vou até o canto do quartinho e pego um pano velho que eles me deram para me limpar, mancando eu volto para onde o cara está se contorcendo de dor. Me ajoelho em cima de seu pau, desse jeito consigo estabiliza-ló, então coloco o pano em seu rosto e começo a jogar água.