Love na Rocinha( DEGUSTAÇÃO)

22° Sujeito ruim...

Marreco,
(15 anos atrás...)

- Segura medrosa! -Dou risada e acelero mais minha Titanzinha. Comprei com um dinheiro que descolei nos corres, não aguentava mais ficar de apé.

Chamei a Aline pra dar rolé, mais pro alto do morro, pra não correr o risco do pai dela ver. Os fofoqueiros falam muito, mas ninguém me cagueta, geral já conhece minha fama e têm um pouco de medo de mim. O menorzin já bota o terror, tem nem como.

-Amor, vai de vagar...-Ela aperta ainda mais os braços em volta de mim, e grita, quando chamo no grau e fico sobre uma roda só.

-Segura, pô! -Aviso, achando a maior graça.

Quando volto a moto pro chão, ela começa a me encher de tapas nas costas.

-Que idiota você, Hudinho! Se eu cair, tu tá morto! -Ela berra e continua me batendo.

Eu tô ligado que se ela cair eu tô morto, se eu machucar ela, eu mesmo faço uma cagada comigo. Se empino com ela na garupa, é porque sei o que tô fazendo, e gosto da sensação de ela me agarrar com toda força quando sente medo, mas ela já botou neurose na minha mente, já não vou mais fazer isso. Fiquei sismado.

Na moral, ela não sabe disso, não tive coragem de contar, mas eu tive que matar um cara esses dias. Na real, foi meio estranho no começo, quando vi o cara implorando pra não morrer, mas depois não senti nada, acabei foi rindo. Minha vó fala que eu sou sujeito ruim e as vezes eu até sou mesmo, mas com ela não. Não consigo nem imaginar alguém fazendo mal pra Aline e só de pensar que posso machucar ela, já me bate um remorcio do caralho.

As vezes acho que o que sinto por ela não é normal, não. Outro dia botei a pistola na cara do maluco que estuda com ela e jurei que matava ele se ele fosse fazer trabalho com ela de novo. Fiz o merdinha jurar que não ia contar nada do que falei pra ela, se não ela ia ficar puta comigo. O Heliton fala que sou pisicopata com ela, porque tenho umas trezentas fotos dela no meu quarto. Fotos que ela me deu com cartinhas e essas paradas, guardo as cartinhas a sete chaves e as fotos estão coladas na parede da minha beliche. Minha cama é a de baixo, a do Heliton é a de cima, mas ele fica curiando meus bagulho. Mô ódio!

Quero que se foda que achem que sou doido, sou mesmo. Por ela!

Vou subindo até o um lugar perto do campinho, onde é mais tranquilo nesse horário. Os muleques fizeram uns banquinhos lá, mó da hora.

Quando chegamos, desligo a moto e ela desce, passando a mão no cabelo e erguendo a calça jeans que está caindo porque está larga nela.

-Tu deu uma emagrecida...-Falo, baixando o pezinho e descendo. Passo a mão no cabelo pra ajeitar e arrumo o óculos de grau no rosto.

-Sim...Não sei por que, eu tô comendo normal...-Ela olha pra baixo e vejo que fica constrangida.

Puxo ela até o banco, me sento e ela se senta no meu colo. As vezes a gente da umas vaciladas dessas, de ficar em publico e pá, se o pai dela passar já era. Mas acho que a gente nem liga pra isso. Só queremos ficar juntos.

-Tu tá linda, só falei porque observo tudo em tu, tudo, tá ligada? -Abraço ela e beijo seu pescoço. Ela se encolhe e ri.

-Eu sei, também sou assim! -Ela passa o braço pelo meu pescoço e começa a me dar vários beijos, pelo rosto e na boca. Fico de pau duro na hora, e ela sente.

-Se controla, amor. -Ela fica vermelha e sorri contra minha boca.

-De que jeito? Mô vontade de te levar pro meu quarto...Fazer você gozar gostoso...porra...-Murmuro no ouvidinho dela.