O general Aaron Von Plauen saiu de sua sala no pátio do quartel do castelo indo em direção à sala de Karvelis. Fora convocado para uma inesperada audiência. A ansiedade e o vento gélido chicoteavam seu ânimo.
- General bom dia, queira sentar-se! Falou o bispo calmamente.
- Pois não vossa eminência, às suas ordens!
- Quero que vossa mercê prepare com urgência uma carruagem segura, e escolta! Disse sem delongas.
- Por certo, para quem, e qual o destino?
- Para a jovem enfermeira, nossa cativa!
- Marielle?
- Sim, ela mesma. Será deslocada daqui para Marienburg. Também preciso que essa carta seja entregue ao Grão-Mestre, em mãos. Nem para o voivoda, nem para o xerife, mas diretamente ao Grão-Mestre, compreendestes?
- Mas vossa eminência, qual a razão para levá-la para tão longe? Tenho para mim que ela está perfeitamente segura aqui! Respondeu Von Plauen, o tom de voz era suplicante.
Nesse momento Karvelis silenciou e olhou Von Plauen com mais atenção, entregou-lhe a carta, mas a linguagem corporal, bem como o tom de voz na resposta revelara tudo o que o bispo já suspeitava a algum tempo.
- Tens algum especial interesse na senhorita enfermeira, caro General?
- Não, como, não Vossa Eminência, por que a pergunta?
- Pareceis bastante interessado em mantê-la aqui? Cutucou Karvelis, para em seguida complementar.
- Devo preveni-lo caro general que não nutras qualquer sentimento em relação à essa moça. Como prisioneira do Império e filha de um dos nossos maiores traidores, ela só permanecerá viva enquanto tiver algum valor para nossa causa. Agora, sem mais questionamentos, prepare a saída da moça de Balga o mais rápido possível! E dizendo isso acompanhou Von Plauen até a porta, fechando-a bruscamente.
O General ficou abalado com a informação, não concebia ficar longe de Marielle. Começou a suar frio. Tudo que havia planejado para ela estava indo por água abaixo. Seguia para sua sala nos quarteis da ala sul quando uma ideia o tomou de assalto. Mudou bruscamente de direção.
A noite caiu rápida e fria. Marielle acompanhava pelas pequenas janelas perto do teto, a mudança da luz para as trevas. Sentada na mesa de refeições, ficava remoendo planos de fuga que se tornavam cada vez mais impossíveis com o passar dos dias. Não cabia mais em si, a ansiedade da impotência a devorava. Levantou-se nervosa e começou a caminhar pela cela. Ao aproximar-se da porta, pôde ouvir uma conversa nos corredores da masmorra.
- Pode ir soldado, estais dispensado! Disse uma voz conhecida.
- Mas general não há necessidade, posso ficar de prontidão aqui durante sua visita!
DU LIEST GERADE
Rayd e a lua do caçador Volume 2 - O Necromante
FantasyO grande mal cresce a cada dia. O império teutônico mostra sua verdadeira face de tirania prendendo e torturando todos os supostos membros da rebelião prussiana. Com Marielle e Zorn desaparecidos, Rayd se une aos rebeldes que agora lutam desesperado...