Capítulo 125

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Para seguir em frente, eu tive que abrir mão e deixar muitas coisas para trás

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Para seguir em frente, eu tive que abrir mão e deixar muitas coisas para trás. O meu coração foi uma delas, juntamente com a mulher que eu amava.

Submerso em pensamentos, sequer percebo que a van estaciona em
frente ao meu condomínio. Só me dou conta disso porque o manager chama a minha atenção.

Ótimo! Enfim em casa.

– Tem certeza que não quer jantar conosco? – Tony pergunta.

– Tenho sim. Estou cansado, só quero tomar um banho e dormir.

– Qualquer coisa, mande uma mensagem, ok?! – Krystian me aconselha e eu consinto, mesmo que não esteja em meus planos fazê-lo.

Despeço-me dos dois e do restante da equipe, que partem com a van para levar meus amigos para o apartamento que dividem no bairro vizinho ao meu.

Uma vez dentro do prédio, cumprimento o zelador que não vejo a meses, um senhor de quase sessenta anos, que me saúda com um leve sorriso. Me enfio no elevador e aperto o último botão, da cobertura, que comprei no final do ano passado.

Como o meu apartamento é o único do andar, ninguém me acompanha. Assim que abro as portas e acendo as luzes, o silêncio me recepciona. Suspiro. Olho ao redor, tudo está limpo e em seu devido lugar. Provavelmente a empregada passou por aqui.

Largo os sapatos de qualquer jeito e entro, arrastando a mala como se fosse uma pedra para o quarto. Apesar de querer simplesmente deixar tudo para depois, como serei eu quem terá que arrumar, vou tentar organizar o máximo que puder. No entanto, abandono-a num canto logo que vejo a minha cama e a preguiça fala mais alto.

Peça por peça, vou fazendo uma trilha até o banheiro, grande demais para uma pessoa, e me enfio debaixo do chuveiro. Tomo um longo banho, permitindo que a água quente escorra e relaxe os meus músculos, e leve ao menos um pouco da minha inquietação.

O problema é que, conforme ela vai passando, a minha cabeça se enche com as lembranças tórridas das tantas e tantas vezes em que fizemos amor debaixo do chuveiro de nossa antiga casa e o meu corpo começa a responder.

Estou de pau duro, que ótimo.

Mesmo tentando ir contra o desejo de me afundar novamente nas imagens do passado, como venho fazendo desde aquele tempo, deslizo a mão pelo abdômen e encontro meu pau latejando, e o seguro com certa força. Movo a mão para cima e para baixo, relembrando cada detalhe que ficara gravado em mim: os seus olhos, sua boca, a maneira como gemia em meu ouvido e se agarrava a mim enquanto gozava.

"Noah!", ela gritava de prazer e eu era o cara mais fodidamente sortudo do mundo. E é com essa imagem que eu gozo contra os azulejos, onde me apoio e respiro com força, sendo golpeado instantaneamente pela sensação de vazio e arrebatado pelas lágrimas. Encosto a cabeça na parede e deixo que a água leve mais do que os vestígios do gozo que escorrem para o ralo.

𝑰𝒓𝒓𝒆𝒔𝒊𝒔𝒕𝒊́𝒗𝒆𝒍 𝒆 𝑰𝒏𝒆𝒗𝒊𝒕𝒂́𝒗𝒆𝒍 ❃ Noany ❃Onde as histórias ganham vida. Descobre agora