Capítulo 89

650 63 59
                                    

Abro a porta e vou em direção ao palco

Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.

Abro a porta e vou em direção ao palco. O lugar está realmente lotado e aquele friozinho na barriga me acerta. Avisto minha linda mulher sentada na mesa da frente e, de imediato, o nervosismo desaparece.

Ela é o meu amuleto da sorte. O meu tudo.

– É a sua namorada? – Lucas pergunta, olhando-a de canto.

– É sim.

– Garoto de sorte! – me empurra com o ombro num gesto divertido e eu sorrio.

Tento ignorar que a maioria dos olhares estão sobre nós e passo a correia do violão atrás do pescoço. Me sento e ajeito o microfone para que fique na altura ideal. Verifico os últimos detalhes e é isso. Não posso mais ignorar ninguém.

– Boa noite! – eu digo, chamando a atenção de todos para o palco. Os olhos estão em mim – Olá, o meu nome é Noah. Hoje é a primeira vez que me apresento aqui, então, antes de jogarem os ovos e os tomates, me deem uma chance. Ok?!

A galera dá risada e me sinto mais confiante. Opa, já começamos bem.

– Brincadeiras à parte, nós preparamos um setlist especial para essa noite. Espero que gostem. – posiciono os dedos nas cordas e faço uma vibração rápida para aquecer a voz, já que minha garganta fico seca por conta do gemido que eu tive que afogar enquanto gozava. – A primeira canção de hoje é Chandelier, da SIA. 

Canto os primeiros versos perfeitamente e os meus dedos acompanham com os acordes. Me entrego a canção, as sensações que me provoca, e a melodia flui tão naturalmente como se fizesse parte de mim. Deixo-me levar. 

Não olho para ninguém, apenas para o violão. Eu e a música. É o que existe nesse momento; quando a última palavra sai da minha boca e ressoa através das caixas de som, palmas explodem por todo o bar. Finalmente ergo a cabeça e vejo todos aplaudindo, até mesmo os meus companheiros de palco.

O sentimento de satisfação que me atinge não poderia ser melhor.

Seguindo a sequência que ensaiamos, canto 'Lost Stars' do Adam Levine, seguida por 'Paper Hearts' da Tori Kelly e 'Fools' do Troye Sivan.

Algumas meninas acenam para mim e tentam chamar a atenção, mas eu só tenho olhos para a mulher sentada ao lado dos meus amigos, graciosa em seu short jeans e blusa lilás. E que me pagou um boquete delicioso só para que eu pudesse ficar mais relaxado e o meu nervosismo não estragasse tudo, ainda que apenas uns minutos ao seu lado fosse o suficiente - mas é claro que eu não negaria sentir aquela boca perfeita no meu pau.

Me preparo para tocar a próxima música: Whistle For The Choir, da banda The Fratellis, que ensaiei essas últimas duas semanas. Lucas que está me acompanhando no teclado, vai para a bateria e eu puxo o ar para soltar o primeiro verso.

Conforme vou cantando, meus olhos vagam pelo pessoal no bar e então recaem nela outra vez. Ali está, Any, me assistindo tão admirada e tentando acompanhar a letra enquanto sorri ao notar que estou olhando diretamente para ela.

𝑰𝒓𝒓𝒆𝒔𝒊𝒔𝒕𝒊́𝒗𝒆𝒍 𝒆 𝑰𝒏𝒆𝒗𝒊𝒕𝒂́𝒗𝒆𝒍 ❃ Noany ❃Onde as histórias ganham vida. Descobre agora