Capítulo 103

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Ainda parece que estou sonhando

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Ainda parece que estou sonhando. Essas últimas duas semanas em Torquay com Noah foram, por falta de palavras que expressem exatamente todas as emoções que senti (e continuo sentindo), maravilhosas. Mágicas, sensacionais!

Foram momentos de felicidade que jamais vou esquecer e que, verdadeiramente, espero que sejam os primeiros de muitos. E que com certeza serão muito mais especiais quando não estivermos mais na sombra de um relacionamento escondido.

Faltam poucos meses para que ele se forme no colégio e, enfim, não seja mais o meu aluno. Sei que está impaciente e admito que também estou. Mas se tivemos cautela até agora, acho que conseguimos lidar com mais essa fase.

"É por pouco tempo", é o que penso quando tenho vontade de mandar tudo para os ares. Sim, é por pouco tempo. Só mais um pouquinho.

A ideia de me vestir de coelhinha deu tão certo, que as minhas dobras insistem em protestar levemente do tanto que transamos em apenas uma noite. Veja bem, eu não imaginava que um par de orelhas e um rabinho branco felpudo deixaria-o insano daquele jeito (talvez imaginasse sim e por isso tenha feito). Não estou reclamando, longe disso. Contudo, foi engraçado descobrir que eu não sou a única a ficar excitada com a fantasia de ter um coelhinho particular.

Gosto do fato de termos essa liberdade sexual. De compartilharmos nossos desejos sem pudores ou receios. Adoramos experimentar coisas novas, posições e brincadeiras. Francamente, não poderia haver combinação melhor do que a nossa.

A cada dia que passa, estou mais convencida de que fomos feitos um para o outro.

Entramos em sua casa depois da quatro horas e meia de viagem. Em oposição ao que pensávamos, o transito não estava carregado e tivemos um retorno tranquilo. Felizmente, por que eu quero aproveitar essas últimas horas que nos restam de férias antes de precisar voltar para casa, e então, para as nossas vidas normais.

"Só mais alguns meses, Any. Só mais alguns meses."

– Nós deveríamos comprar um bolo. – eu digo, pondo a mala no canto da porta – Você nem soprou as velinhas e fez um pedido, como manda a tradição.

– Em compensação, eu soprei várias outras coisas. – responde com um sorriso provocativo – E quanto ao pedido. Para que fazê-lo, se eu já tenho tudo o que mais desejo bem aqui?

Me abraça e dá um beijo estalado no meu pescoço. Solto uma gargalhada.
Ele é inacreditável - e muito fofo também.

– Para ser sincero, estou cansado. – comenta, se jogando na cama – E ansioso para trocarmos os nossos presentes.

– Aaaaahhh... Então o motivo é esse?!

– Estou curioso, ué.

– Quantos anos você tem mesmo, senhor Urrea?

– Nesse momento e mentalmente, algo perto dos dez.

Outra gargalhada me escapa.

Quando ele ver o que comprei, não tenho dúvidas de que vai agir como uma criança.

𝑰𝒓𝒓𝒆𝒔𝒊𝒔𝒕𝒊́𝒗𝒆𝒍 𝒆 𝑰𝒏𝒆𝒗𝒊𝒕𝒂́𝒗𝒆𝒍 ❃ Noany ❃Onde as histórias ganham vida. Descobre agora