Any Gabrielly é uma brasileira que está trabalhando em Londres como professora do ensino médio. Com todas as dificuldades de cultura e por ser nova nesse emprego, tudo de que ela não precisava era ficar à fim de um garoto de 18 anos, que ainda por c...
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– Atrapalho alguma coisa? – a voz que tanto adoro repentinamente soa atrás de nós.
Olhamos para a porta do quarto e deparamos com Noah, que está segurando um Liam choroso nos braços; Sofya se apressa em pegar o bebê no colo.
– Desculpa, Soso, mas acho que ele quer comer.
– Sim, já está na hora mesmo. Obrigada.
Minha amiga sai para alimentar o filho, deixando-nos à sós.
Noah, ainda parado, mantém sua total atenção sobre mim. Sou instantaneamente seduzida pelo verde dos seus olhos, que desavergonhados me comem dos pés à cabeça. O meu corpo, sem qualquer reserva, espontaneamente reage a ele. E mesmo que o universo estivesse em chamas, o calor não se compararia com o que sinto agora, diante o seu desejo explícito. Um desejo cru, palpável e urgente.
Acho que a Sofya estava errada. Acho que quem está à um passo de pensar duas vezes em ir a tal cerimônia de formatura sou eu. Ou, pelo menos, chegar atrasada.
Beeeeeeem atrasada.
A cada passo que dá em minha direção, mais agitada fico com a ânsia que estampa o seu rosto. Assim que se põe diante mim, tão perto que duvido que algo passe entre nós, tenho que erguer a cabeça para observá-lo.
– Dizer que você está maravilhosa é pouco para o que eu acho de verdade. – sussurra, tocando um cacho do meu cabelo – Seria muito estranho se eu não fosse a minha própria formatura? Por que estou verdadeiramente tentado a não ir.
– Ah, se você fosse o único...
Um sorriso arteiro surge em seus lábios, carregado de libidinosas promessas, levando-me cogitar seriamente uma troca de calcinha; suas mãos se apossam do meu rosto e eu ofego ao sentir a sua boca resvalar contra a minha, numa carícia provocante.
– Apesar de eu querer jogá-la na cama e te chupar por baixo desse vestido, para depois fodê-la com ele enrolado na sua cintura, tenho planos para nós mais tarde.
Resfolego, zonza com as suas palavras. Certo. Vou ter mesmo que trocar de calcinha.
Noah morde o meu lábio inferior e o suga, como se estivesse me fazendo um juramento, e, sem um pingo de hesitação ou remorso, abandona o quarto e a mim, com as pernas bambas e o coração trovejando de desejo dentro do peito.
Seria errado se eu o trancasse aqui e não deixasse sair nunca mais? Porque eu estou à ponto de fazer exatamente isso.
Francamente, espero ter força de vontade o suficiente para aguentar até mais tarde.
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