Capítulo 96

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No segundo em que seus lábios se afastam, sou apossada pela saudade

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No segundo em que seus lábios se afastam, sou apossada pela saudade. Quero beijá-lo sempre e sempre. Se eu não soubesse que podemos morrer sem ar por causa disso, sequer ousaria distanciar a minha boca da sua.

Mas, bem, ainda precisamos respirar.
Ele põe uma mecha fujona do meu cabelo para trás e diz, num tom suave:

– Vire-se, eu vou passar a pomada em suas costas. 

Contudo, não me mexo. Somente observo-o, sabendo exatamente o que desejo e o que preciso; um tanto intrigado por eu continuar na mesma posição, ele solta um sorrisinho sem jeito e pergunta:

– O que foi?

– Eu quero fazer amor com você. 

Seus olhos dobram de tamanho, ganhando fagulhas de desejo num instante. Mesmo com o protesto dos meus músculos, fico de joelhos no colchão e aproximo o seu corpo do meu. Vejo o seu pomo de Adão subir e descer, suas pupilas dilatando, em sinais claros de que necessita tanto quanto eu. Nós nos necessitamos.

Beijo o seu pescoço, desfrutando de cada pedacinho da sua pele macia e cheirosa, e fico louca quando solta um gemido que vibra a sua garganta.

– Any, você está machucada e... Eu não... Ah, droga!

Desço as mãos por todo o seu peito e aproveito para tirar o restante da sua camisa de dentro da calça do uniforme. Traço um caminho com os lábios do seu maxilar até abaixo da orelha, e depois de chupar a argola que usa, sussurro:

– Me ame, Noah. Apenas me ame. 

Sua respiração se agita. Embrenhando os dedos em meus cabelos, puxa gentilmente a minha cabeça para que os nossos rostos se encontrem e seus olhos são como duas poças cheias de luxúria e amor, nas quais estou prestes a mergulhar.

– Eu amo você, Any. Hoje e sempre... Eu vou amar somente você!

Meu coração falha uma batida. Em compensação, volta a bombear com tanta força, que, por um segundo, penso estar à beira de um ataque.

Mesmo trêmula com as suas palavras, tomo os seus lábios para mim outra vez, insinuando minha língua na sua. Sinto o calor das suas palmas em minhas coxas, subindo lentamente, acariciando a minha pele e levantando a barra da saia, para formar um embolado de tecido na altura da minha cintura. 

Ele se ajeita, me colocando em suas pernas e estou sentada de frente para si. Olhos nos olhos. Seus dedos esguios desabotoam a minha camisa, casa por casa.

– Ninguém deveria tocar em você à não ser com amor. – desliza o tecido por meus ombros e logo a peça está enfeitando o chão. Seus lábios se fecham na minha pele exposta, num carinho molhado – Ou melhor, ninguém deveria tocar em você. 

Brinca com a tira do meu sutiã e abaixa devagar, deixando que caia em meu braço.

– À não ser eu! – murmura. Sua possessividade fazendo o meu estômago vibrar.

𝑰𝒓𝒓𝒆𝒔𝒊𝒔𝒕𝒊́𝒗𝒆𝒍 𝒆 𝑰𝒏𝒆𝒗𝒊𝒕𝒂́𝒗𝒆𝒍 ❃ Noany ❃Onde as histórias ganham vida. Descobre agora