Capítulo 113

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Como um serzinho tão pequeno, pode ter um pulmão tão forte?

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Como um serzinho tão pequeno, pode ter um pulmão tão forte?

Liam May, apesar de ter apenas algumas semanas, chora muito alto e faz questão de anunciar a todos que algo não lhe agrada. Não que eu esperasse paz e sossego quando ele finalmente viesse para casa, mas passar metade das noites acordada também não estava nos meus planos. E isso porque eu nem sou a mãe.

À duas noites atrás, estávamos os quatro acordados (Noah tem passado bastante tempo aqui em casa, já que eu não estou indo até a sua por conta do bebê) às três da madrugada enquanto Liam viajava de um colo para o outro chorando, brincadeira essa que durou mais de uma hora e só terminou quando ele adormeceu no colo da Sofya depois de descobrirmos que estava com cólica.

Tudo bem que, segundo o que a pediatra nos disse em sua chuva de recomendações e conselhos, é normal que o recém-nascido fique agitado durante os primeiros dias em casa e é o caos. Afinal, ele está se adaptando, e ainda tem as benditas cólicas e a fome que as vezes parece interminável.

Só que, lá no fundo, sei que metade desse dengo todo foi herdado da minha amiga.
O que mais eu poderia esperar do filho da Sofya, não é?!

Mas, num geral, Liam é um bebê tranquilo. Dorme a maior parte do dia (só não a noite, para a minha infelicidade na maioria das vezes) e nos arranca risadas sem qualquer esforço. Por incrível que pareça e eu jamais imaginei que sentiria isso, ele trouxe outra atmosfera para a casa. Não é à toa que somos quatro bobos ao redor dele.
Ele se tornou o rei.

– Você pode segurá-lo um pouquinho pra mim?

Sofya surge diante do balcão onde estou preparando os biscoitos, descabelada e com olheiras tão grandes que chegam a dar pena. Deixo os ingredientes de lado e tiro o avental, me limpando bem o suficiente para não irritar o bebê.

– Claro que sim. – respondo.

Ela põe o filho nos meus braços com extremo cuidado, acariciando sua cabecinha em seguida. Olha para mim e suspira, nitidamente cansada. Diz:

– Daqui a pouco os meninos voltam e eu nem tomei banho ainda.

– Não se preocupe. Vá tomar o seu banho e relaxar um pouco, que eu cuido do buzininha.

– Não chame o meu príncipe de buzininha. – ralha, e então se inclina para beijar o bebê e falar com aquela vozinha que só usa com ele – Você é o príncipe lindo da mamãe, não é?! É sim! O mais lindo! Não ligue para o que essa feia diz.

– Vai logo tomar o seu banho!

Minha amiga torce os lábios, mas faz o que digo, depois de enchê-lo de beijos.
Sofya é quase a mamãe ursa, e nem preciso dizer que o Bailey faz o par perfeito com ela. Claro que Liam, por ser tão novinho, necessita de muitos cuidados e atenção, mas está na cara que esses dois serão corujas até o filho ter 45 anos.

𝑰𝒓𝒓𝒆𝒔𝒊𝒔𝒕𝒊́𝒗𝒆𝒍 𝒆 𝑰𝒏𝒆𝒗𝒊𝒕𝒂́𝒗𝒆𝒍 ❃ Noany ❃Onde as histórias ganham vida. Descobre agora