Boquiaberta, eu o encaro.

– Como é?

– O Noah está esperando por você lá em cima.

O que esse garoto está aprontando?

Talvez eu tenha uma noção.

Sem mais explicações, Sam me dá um empurrãozinho em direção a saída e não tenho chance de hesitar. Francamente, hesitação é a última coisa que sinto ao sair em disparada para a porta, apesar de tentar alguma discrição para que ninguém perceba.

Escapo da área das quadras com sucesso e olho duas vezes para trás, antes de tirar os saltos para não fazer barulho e sair correndo para as escadas. Quanto mais rápido eu for, menores serão as chances de me interceptarem no meio do caminho. E conhecendo Noah como conheço, definitivamente eu não quero que isso ocorra.

Com o coração acelerado, subo as escadas de dois em dois degraus, passando os corredores que tanto frequentei e só paro ao alcançar o quarto andar. Estou ofegante e fico ainda mais ao encontrá-lo encostado na janela, à minha espera.
Coelhinho sapeca!

Consciente do que me espera e que estou mais do que pronta para receber, caminho até ele, que franze as sobrancelhas ao reparar nos meus pés descalços.

– Os saltos fazem muito barulho. – esclareço, encolhendo os ombros, e ele dá risada.

Num movimento ágil, pega-me no colo e beija a minha boca. Eu o aceito e vejo estrelas com a maneira que sua língua possui a minha, ávida e deliciosa.

– O que pretende fazer, coelhinho? – indago.

– Essa formatura não estaria completa se não nos despedíssemos do colégio, não é?!

Ele sorri, eu sorrio, e nós dois sabemos perfeitamente como fazer uma despedida fenomenal. Sinto-o atravessar o corredor a passos largos e, para a minha surpresa, nem olha para porta do clube de música. Pelo contrário, caminha decididamente para a biblioteca e é no lugar em que nos enfiamos.

Sou colocada delicadamente em cima da larga mesa de madeira que é usada para estudos e tremo ao sentir como roça descaradamente seu corpo entre as minhas pernas abertas. O tecido da calça do seu uniforme fricciona na minha calcinha minúscula e agora úmida, atiçando cada uma das minhas terminações nervosas.

O seu volume cresce e endurece nitidamente em minhas dobras. E fico louca.

– Vamos terminar onde começamos. – ele sussurra, largando os meus saltos e a bolsa no chão, e agarrando novamente a minha bunda – Foi aqui que nos beijamos pela primeira vez, lembra?

A recordação me faz sorrir. Como eu poderia esquecer?

– Na verdade, foi você que me beijou. – digo taxativa – Depois de fazer uma marca enorme no meu pescoço.

– Da qual eu não me arrependo nem um pouco.

– Você é muito cara de pau, senhor Urrea!

Meu garoto abre aquele sorriso que abala todas as minhas estruturas e emaranha seus dedos longos entre os cachos do meu cabelo, de um jeito que me faz erguer a cabeça. Seus lábios tentadores escorregam por toda a minha mandíbula, de um lado e do outro, e grudam nos meus em um beijo abrasador. Exigente, alucinante.

Nossas línguas se encontram e fazem amor. Jogam, desfrutam, saboreiam-se. Movem-se juntas e reivindicam mais e mais de cada um de nós. Embora tanto eu quanto ele saibamos que nunca teremos o suficiente.

Abro as pernas e arqueio os quadris para me esfregar nele, que rosna de prazer e se aperta contra mim com força. Minhas mãos estão firmemente agarradas ao seu casaco, querendo arrancá-lo e atirar para o mais longe possível, enquanto as suas viajam através do meu corpo e o toma para si centímetro por centímetro.

𝑰𝒓𝒓𝒆𝒔𝒊𝒔𝒕𝒊́𝒗𝒆𝒍 𝒆 𝑰𝒏𝒆𝒗𝒊𝒕𝒂́𝒗𝒆𝒍 ❃ Noany ❃Where stories live. Discover now