Narração: Hellen
Arrumei a casa todinha enquanto Jennifer tinha saído com a minha tia. Estava uma bagunça só, organizei tudinho e já deixei minhas coisas arrumadas porque amanhã de manhã eu vou sair doida pra casa. O amigo da Jennifer me ofereceu emprego, perguntou se eu não queria ser secretária dele e eu fiquei meio que envergonhada de responder que eu não tenho estudos, pensando bem eu até podia aceitar essa proposta, seria uma boa mas eu não sei se eu reparada psicologicamente para trabalhar. Nasci pra ser rica e não trabalhar igual uma condenada!
Jennifer entrou no quarto as pressas me caçando.
Jennifer: Vamos almoçar, está pronta? Bar da laje. -Disse numa agitação só.
Hellen: Ai sei não...
Jennifer: Almoço de negócios com o Lourenço, anda logo.
Dia e noite a Jennifer é assim nesse estado eufórico dela, não se aguenta dentro de casa e eu não tenho nem roupa pra esses luxos que ela banca, acompanhar a correria dela, só vive com a boa!
Me arrumei bem despojada e fomos, eu não ia desperdiçar essa oportunidade porque eu nunca tive a chance de vir.
Nos sentamos e lá já estava os amigos dela.
Papo vai, papo vem, muita risada, comida...puta merda que aipim frito delicioso, nunca comi igual ou parecido. Lourenço puxou assunto comigo...
Lourenço: E aí vai aceitar a minha proposta? Sua prima disse que está precisando, e eu também...
Hellen: É...que.... -Caguejei; rapei a garganta sem jeito, no intuito de disfarçar- Eu ainda estou terminando os estudos.
Lourenço: Você tem noção de computador, sabe atender telefone?
Hellen: Sei ué.
Lourenço: Então, o que te impede?
Hellen: Tudo bem.
Lourenço: Mas não viemos aqui para falar sobre isso.
Hellen: É... -Respondo-o sem graça.
Um amor Lourenço, educado e gentil. Almoçamos e ficamos só trocando papos sagais e bebendo, até começar o assunto do virote de ontem e não foi só eu quem dei pt. Muito bom sair com pessoas assim que uma rir da desgraça da outra e ninguém se julga. Até que eles são maneiro esse amigos da minha prima. A gente tem uma mania muito feia de rotular as pessoas pela fama e o dinheiro que tem, devíamos focar mais no caráter das pessoas porque é isso que conta. A cara é de insuportável mas o coração é bom; é a impressão que me passou.
Ficamos ali até o anoitecer, encheu, esvaziou e ali continuamos, fui até a vista e fiquei conversando com Lourenço sobre a minha nada mole vida, óbvios que certas coisas não é preciso necessariamente ser ditas. Eu aceitei sua proposta sim mas porque eu preciso, porque querer, eu não queria não. Ainda vamos conversar muito sobre mas no devido lugar porque hoje estamos de boa no lazer só aproveitando.
Ele me puxou pela cintura, e outra mão grudou em meu cangote, aproximando nossos lábios e me beijou, de forma serena e nem se importou com a movimentação de pessoas ali. Não era um beijo tão ooooh mas também não era tão sem graça. Eu tentava sair dali mas ele insistia em me beijar, pagar de romance.
Quando enfim nos soltamos ele esboçou um sorriso meigo, conversamos sobre o que eu não havia entendido muito bem pois eu estava estonteada, embora eu tenha me sentido envergonhada de beijar assim em público, eu estou gostando de tudo isso.
Tem feito bem para mim, para a minha alma. Estou com planos de me estrutura em todos os sentidos e o primeiro passo é ir em busca da minha felicidade sem ter empecilhos que dificulte a minha caminhada.